O prefeito de Praia Grande, litoral sul de São Paulo, teve seus bens bloqueados pela Justiça no início desta semana. Alberto Mourão (PSDB) é acusado de desviar dinheiro do orçamento da Saúde para custear um refeitório de servidores públicos municipais. Segundo o Diário do Litoral, a ação é movida pelo Ministério Público do Estado (MPE), que ainda apura as irregularidades.

A promotora da Justiça de Praia Grande, Ana Maria Frigerio Molinari, autora da ação, acusa o prefeito de desviar dinheiro para explorar uma atividade econômica particular “altamente lucrativa”. As suspeitas de desvio do dinheiro público começaram quando o vereador Euvaldo Reis dos Santos Menezes (PTN) questionou na Câmara a falta de publicidade sobre o gerenciamento dos refeitórios. Segundo o MPE, o prejuízo aos cofres da Saúde pública foi de R$ 13.248.263,92.

Ana Maria Molinari ainda decidiu instaurar um inquérito civil para apurar as violações feitas pela Administração Pública. As irregularidades já investigadas mostram que os valores recolhidos dos servidores públicos eram depositados em contas particulares de duas servidoras. Além disso, o refeitório era localizado em um imóvel particular alugado pela Prefeitura em 2004, também na gestão de Mourão, com o dinheiro público.

Em nota enviada ao jornal, Alberto Mourão respondeu que sequer foi avisado que estava sendo investigado, e só teve conhecimento quando teve seus bens bloqueados. Ele lamentou a acusação de que duas funcionárias estavam lucrando com o refeitório, destacando que elas trabalhavam de forma voluntária. Ele ainda ressaltou que os números apresentados eram irreais e concluiu que a Justiça irá prezar pela boa alimentação de baixo custo aos servidores.