
Atrasado, Metrô inicia campanha contra assédio
Companhia divulga número de celular para vítimas denunciarem casos e vai espalhar cartazes pelas estações
Quinta-feira, 10 de abril de 2014
Depois de “cometer” uma polêmica propaganda em que incentivava o “xaveco” nos trens lotados, o Metrô de São Paulo iniciou uma campanha em que procura desencorajar o assédio sexual e estimular as vítimas a denunciar casos.
A companhia publicou em sua conta no Tweeter e no Facebook anúncio (foto no alto) divulgando um número de celular para receber as denúncias via mensagens de texto (99333-2252) e informando que dispõe “de mais de mil agentes de segurança treinados para ajudar os usuários”.
Desde o começo do ano, a Delegacia de Polícia do Metropolitano (Delpom) recebeu 38 denúncias de casos de abuso sexual em trens do Metrô e da CPTM. O número, porém, pode ser bem superior, pois nem todas as vítimas registram a ocorrência.
Na próxima fase da campanha, começaram a ser espalhados pelo sistema cartazes e panfletos orientando que a prática de abusos constitui crime, além de vídeos nos televisores instalados dentro dos vagões.
Na semana passada, a ONG Minha Sampa iniciou a mobilização “Abusadores não passarão”, com a criação de um site por meio do qual as pessoas escreviam diretamente ao presidente do Metrô, Luiz Antonio Carvalho Pacheco, pedindo que a empresa conscientizasse os usuários contra o assédio no transporte público.
O site informa que houve mais de 5 mil envios de mensagens ao presidente da companhia e considera o início da campanha do Metrô uma vitória da mobilização. “Vamos continuar acompanhando para ter certeza que as ações prometidas serão realizadas e que o Metrô enviará uma mensagem clara: Abusadores não passarão”, diz a mensagem.