Petrobrás na mira da privataria tucana

A presidência da Petrobrás e suas diretorias, desde dezembro de 2012, vêm atendendo às solicitações dos órgãos públicos e de controle, bem como fornecendo informações e documentos relativos à compra da refinaria

Por Francisco Chagas
Terça-feira, 8 de abril de 2014


Nos oito anos em que esteve no governo, entre 1995 e 2002, o PSDB não mediu esforços para privatizar todas as empresas públicas do Brasil – meta que só não foi totalmente cumprida por conta da derrota do partido em três eleições consecutivas.

No entanto a Petrobrás, a maior e mais sólida estatal do nosso país e um inestimável patrimônio do povo brasileiro, é e continuará sendo o principal alvo da privataria tucana.

A oposição PSDB-DEM, enquanto esteve no governo, quebrou o monopólio da estatal e escancarou as portas para a terceirização. Com isso, estagnou investimentos em exploração, produção e refino. E, como se não bastasse, tentou mudar o nome da Petrobrás para um nada brasileiro “Petrobrax”.

Por conta desta desconstrução demo-tucana da estatal, presenciamos alguns dos maiores acidentes ambientais no país, que culminaram com o afundamento da plataforma P-36, em março de 2001.

Por essa e outras constatações, não nos calaremos e não aceitaremos, como não aceitamos no passado, que conservadores elitistas e seus neo-aliados tentem nova investida para a privatização desta empresa, que é orgulho e símbolo de luta do povo brasileiro.

Foram os investimentos da última década que possibilitaram a descoberta o Pré-Sal, colocando a empresa as maiores produtoras de energia do planeta, apesar da crise econômica mundial.


Agora, mais uma vez, a Petrobrás volta a ser colocada no centro de uma disputa mesquinha por parte da oposição, que quer claramente desmoralizar a gestão pública da empresa e estancar toda a atual política de avanço na área do petróleo, tornando-a menos sólida e mais vulnerável ao capital estrangeiro.

A CPI é uma declaração explícita da oposição demo-tucana que, ao não ter projeto para o Brasil, tenta fazer sangrar a maior empresa pública deste país, reconhecida mundialmente pela excelência no descobrimento de petróleo e gás em águas profundas. É incontestável a intenção eleitoreira de desgastar a Petrobrás e a liderança da Presidenta Dilma.

Não causa surpresa, portanto, o fato de que a SBM Offshore, grupo empresarial holandês que presta serviços para a indústria petrolífera, tenha declarado não haver evidência de pagamentos de propina a empregados da Petrobrás.

A presidência da Petrobrás e suas diretorias, desde dezembro de 2012, vêm atendendo às solicitações dos órgãos públicos e de controle, bem como fornecendo informações e documentos relativos à compra da refinaria. Diante de todas estas medidas, a instalação de uma CPI só se justifica por objetivos puramente eleitoreiros - como é o caso da Comissão Externa, criada pela Câmara Federal, de autoria da oposição, para investigar a Petrobrás na Holanda.

Vamos comparar?

Com Lula e Dilma, o efetivo de trabalhadores quase dobrou, passando para 85 mil trabalhadores e alavancando a produção para 2 bilhões de barris de óleo por dia e reservas de 15,7 bilhões de barris.

*Francisco Chagas é deputado federal PT-SP




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