Como Alckmin criou 14 mil vagas em presídios sem um único tijolo
Governador está transformando até leito da enfermaria em espaço para receber presos
Sexta-feira, 4 de abril de 2014
O governo de São Paulo fez uma nova contagem das vagas disponíveis no sistema penitenciário do estado e criou, sem um único tijolo, mais 14.733 vagas. A ironia é que, desse total, 9.497 se referem à áreas onde os presos ficam temporariamente, como a enfermaria.
O governo de Geraldo Alckmin (PSDB) não informou quantas vagas são oriundas de cada um dos setores, porém, além da enfermaria, entraram na contagem final locais como a disciplina (onde os presos cumprem as punições), a triagem e o seguro (para presos ameaçados).
Outras 5.236 vagas seriam, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo, de reformas nos espaços internos dos presídios. Agora, com as novas aquisições de vagas, o governo Alckmin contabiliza que o estado disponibiliza de espaço para receber 123.662. Antes eram 108.929.
Com as vagas na enfermagem, na triagem, na disciplina e no seguro, agora o excedente de vagas no sistema penitenciário paulista caiu de 93% para 70%. São Paulo possuiu a maior população carcerária do país, com 210.462 presos.