
Um quinto dos adolescentes estão fora da escola na América Latina, diz ONU
Foi lançado nesta segunda-feira (31) o relatório “Adolescentes: direito à educação e ao bem-estar futuro”, produzido pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e o escritório regional do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef)
Quarta-feira, 2 de abril de 2014
Apesar de praticamente todas as crianças com 11 anos frequentarem a escola, entre os rapazes de 17 anos o índice de desistência chega a 50% e somente um em cada três jovens finaliza a escola secundária sem repetência.
Entre os principais motivos para o abandono dos estudos estão, entre os rapazes, a inserção no mercado de trabalho e a falta de interesse no sistema educativo e, entre as meninas, a realização de trabalho doméstico não remunerado e a maternidade precoce.
A publicação, que reúne pesquisas e estudos sobre educação, emprego, rotina e saúde dos jovens latino-americanos, mostra também que o abandono precoce e a repetição de séries se concentram nas camadas de menor poder aquisitivo, nas populações indígenas e afrodescendentes e nas áreas rurais.
Enquanto apenas 20% dos jovens no quintil inferior da distribuição de renda completam o ensino secundário, a taxa dispara para em torno de 80% para os do quintil superior.
“Os adolescentes são e serão protagonistas das grandes transformações socioeconômicas esperadas para a próxima década”, enfatizaram, no lançamento, a secretária executiva da Cepal, Alicia Bárcena, e o diretor regional do Unicef, Bernt Aasen. “Para isso, eles precisam exercer seus direitos de maneira plena e sem nenhum tipo de discriminação.”