Escola não pode ter nome de ditador
Em todo país há aproximadamente 1.000 escolas identificadas pelo nome dos cinco ditadores que ocuparam o posto de presidente entre 1964 e 1985
Terça-feira, 1 de abril de 2014
O governo do Estado da Bahia mudou oficialmente o nome do Colégio Estadual Presidente Emílio Garrastazu Médici para Carlos Marighella.
Essa história começou com uma solicitação de alunos, ex-alunos, professores, pais e responsáveis, além da diretoria da unidade, em defesa da mudança do nome da escola.
A mudança foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) no dia 14 de fevereiro.
A partir do exemplo da escola baiana, o movimento social Levante Popular da Juventude, que se notabilizou pela realização de escrachos contra os torturadores, lançou a campanha “Apague o ditador da sua escola”.
“A campanha pretende promover a substituição dos nomes de escolas públicas que homenageiam ditadores da história recente do país”, afirma o militante do Levante, Lúcio Centeno.
De acordo com levantamento, existem em todo país aproximadamente 1.000 escolas municipais, estaduais ou federais identificadas pelo nome dos cinco ditadores que ocuparam o posto de presidente entre 1964 e 1985.
“A campanha será organizada em 20 estados, através da atuação nas escolas, pautando o debate sobre o significado da ditadura para o Brasil, e estimulando a comunidade escolar a substituir o nome da escola, preferencialmente por nomes identificados com a resistência ao regime e as lutas democráticas”, afirma Centeno.
Um abaixo-assinado circula na internet também pedindo que “sejam proibidas homenagens à ditadores da história recente do Brasil em escolas públicas, sejam elas federais, estaduais ou municipais”.