Jornada da Juventude começa com atos pela aprovação do PNE e CPI do transporte público
As atividades vão até 9 de abril e podem ser acompanhadas pelas redes sociais, com a hashtag #juventudedeluta
Quinta-feira, 27 de março de 2014
São Paulo – Quarenta organizações e movimentos sociais deram início ontem (26) a Jornada de Lutas da Juventude, com atos em São Paulo e Brasília. Os manifestantes reivindicam a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE), a democratização da comunicação, a implantação de uma política efetiva de cotas nas universidades públicas e, no caso das entidades sediadas em São Paulo, a instalação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar desvios de verba no metrô paulistano.
As atividades vão até 9 de abril e podem ser acompanhadas pelas redes sociais, com a hashtag #juventudedeluta.
“Acreditamos que só com a unidade da juventude e dos movimentos sociais é que vamos conseguir avançar na transformação que o nosso país precisa. Estamos unidos a dezenas de organizações da sociedade civil para concretizar nossas pautas”, diz o diretor de comunicação da União Nacional dos Estudantes (UNE), Thiago José. “A gente quer hoje instalar a CPI do ‘tremsalão’ e saber para onde foi o dinheiro que deveria ter sido investido no transporte público.”
Em São Paulo, os manifestantes reforçaram apoio à greve das Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) e das Faculdades de Tecnologia do Estado de São Paulo (Fatecs), que conta com a adesão de 108 das 322 unidades, desde 17 de fevereiro. “Queremos Fatecs e Etecs com o potencial de São Paulo no país, com tecnologia, inovação e pesquisa”, reivindica José.
Em Brasília, 3 mil estudantes marcharam para reivindicar a aprovação do Plano Nacional de Educação, o avanço na política de cotas, medidas efetivas de combate ao racismo, e a desmilitarização da polícia.
“Queremos um plano de educação com 10% do PIB para a educação pública, que valorize os professores e garanta educação de qualidade para todos. Ele está na reta final: falta passar pela votação da comissão especial, seguir para o plenário e na sequência para a votação da presidenta Dilma Rousseff”, diz a presidenta da União Nacional dos Estudantes, Virgínia Barros.