Prefeito de São Paulo participa de debate com estudantes de Direito da USP

Haddad debateu durante uma hora e meia temas como mobilidade, habitação e reforma urbana com estudantes da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), no Largo São Francisco

Por Portal Prefeitura de São Paulo
Quarta-feira, 19 de março de 2014



Durante quase uma hora e meia, o prefeito Fernando Haddad participou nesta terça (18) de um debate com alunos da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), no Largo São Francisco, no Centro. O conceito de reforma urbana, a política de mobilidade e temas como a dívida do município, educação, habitação e saúde foram discutidos entre o prefeito e os estudantes do Centro Acadêmico XI de Agosto - no qual Haddad presidiu no ano de 1985.

Questionado por uma estudante sobre os problemas do transporte público da cidade, o prefeito abordou o conceito de reforma urbana por meio das faixas exclusivas e dos corredores de ônibus.

“Estou pegando as três faixas e dando uma para o povo que pega ônibus. Ainda ficam duas para o carro, que leva só um terço dos trabalhadores. A faixa que é um terço das vias leva dois terço das pessoas. Nós devolvemos 38 minutos (em média) por dia aos trabalhadores. São quase quatro horas por semana. São Paulo devolveu as quatro horas de jornada de trabalho (que os sindicatos lutam para reduzir) para o trabalhador em seis meses. Isso é verdadeira reforma urbana”, disse Haddad.

O prefeito explicou aos cerca de 300 estudantes que acompanhavam o debate sobre o projeto de alinhamento viário que tramita na Câmara Municipal, que é preventivo e não tem relação com desapropriações.

“Se você tem um imóvel e for construir um dia, você tem que respeitar um recuo maior que o atual. Para não termos bairros congestionados como Itaim Bibi e Pinheiros. Imagina se no Itaim bibi nos tivéssemos aprovado um alinhamento viário, exigido maior recuo dos prédios para permitir que as ruas e calçadas fossem mais largas para a construção de ciclovias. Não teríamos o bairro que temos hoje. Estão dizendo que vamos desapropriar os bairros de São Paulo. Uma coisa não tem nada a ver com a outra”, afirmou Fernando Haddad.

Moradia

O prefeito respondeu ainda ao questionamento de uma estudante sobre o andamento das 55 mil moradias previstas para construção na cidade até 2016. “Hoje temos 15 mil em construção e faltam 40 mil. Mas estamos desapropriando R$ 300 milhões em terrenos para doarmos à Caixa. Fora a operação urbana Água Espraiada, que vai permitir a construção de mais 8,8 mil moradias e envolverá mais R$ 200 milhões em desapropriação. É meio bilhão de reais em desapropriação, que estamos dedicando à compra de terra para o Minha Casa Minha Vida. Tem muita coisa acontecendo. Agora, é uma cidade monstruosa, não estava em execução. Está tudo saindo do zero”.




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