Humberto: oposição está mais preocupada em alardear o caos
O senador petista apontou que a “oposição, aturdida e desencaminhada,” mais parece preocupada em alardear o caos, como aconteceu recentemente com a enxurrada de discursos e artigos nos jornais alardeando o caos econômico
Quarta-feira, 19 de março de 2014
A falta de respostas da oposição aos anseios do povo brasileiro vem comprometendo o nível do debate eleitoral travado no País, lamentou o Líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), em pronunciamento nesta terça-feira (18), quando voltou a defender que a campanha eleitoral de 2014 seja tratada como uma oportunidade para a discussão em alto nível sobre os desafios do País e não uma arena para “sopapos e agressões”.
Humberto apontou que a “oposição, aturdida e desencaminhada,” mais parece preocupada em alardear o caos, como aconteceu recentemente com a enxurrada de discursos e artigos nos jornais alardeando o caos econômico, para ver seu discurso, reiteradas vezes, desmentido pela realidade. “Até 15 dias atrás, este púlpito [a tribuna do Senado] era ocupado por pessoas que reproduziam os jornais, anunciando que o Brasil está em um abismo econômico, falando de desequilíbrio fiscal, dizendo que a inflação ia subir, de que o desemprego ia aumentar”, lembrou o senador.
Contrariados pelos fatos e pelos números, os arautos do apocalipse mudaram de assunto, destacou Humberto: “Ninguém fala mais de economia. Vão esperar a próxima oportunidade para transformar qualquer problema em uma grande catástrofe. Agora o tema é o setor elétrico, a cantilena de que vai haver racionamento, de que não houve planejamento, de que a conta vai paga pela população”.
Para o Líder do PT, a oposição não sabe no que se amparar para fazer o debate político sobre a situação do País. “É por isso que nós temos a mais absoluta certeza e convicção de que teremos um grande debate nessa eleição, mas nós vamos vencê-la, porque nós temos o que mostrar ao povo brasileiro, porque nós incluímos milhões de pessoas neste País que nunca tiveram direito à cidadania e à dignidade de viver”.
Humberto criticou o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, pré-candidato à Presidência da República pelo PSB, que se somou à “enxurrada de agressões, discursos vazios e metáforas pobres contra o governo e contra a presidenta Dilma”. Campos comparou a composição de cargos no governo federal à distribuição de “bananas ou laranjas”, esquecendo-se de que, até dois meses atrás, o primeiro escalão do governo de Pernambuco chegava a 29 secretarias e que foi sob sua gestão que o estado chegou a ter mais de 3,5 mil o número de cargos comissionados do Estado, “maior patamar já alcançado na história da máquina pública de Pernambuco”.
O senador manifestou sua certeza de que a criação desses cargos “obedeceu às necessidades da máquina pública e que o seu preenchimento com a nomeação de ex-prefeitos e ex-parlamentares, escolhidos por seu prestígio, pela sua competência, mas também por razões e ordem política”. Ele destaca que são as falhas do atual sistema político-eleitoral brasileiro que criam a necessidade de construção dos governos de coalizão. “Não é por maldade do PT ou de governos de outros partidos, mas porque é preciso fazer alianças para governar”, ponderou Humberto.
“Fico pasmo quando eu vejo os integrantes da oposição dizerem que o governo petista faz conchavo, acordo espúrio, que loteia os seus espaços”, afirmou o senador, lembrando que dar espaços aos aliados e permitir que eles contribuam com a administração é uma conseqüência natural da política de coalizões.
Humberto também lembrou que há seis meses, o PSB de Eduardo Campos ocupava o Ministério da Integração Nacional e a Secretaria dos Portos, a Chesf, a Codevasf, a Sudeco, a Sudene. “Quando o PSB era governo, esses cargos não eram iguais a laranjas ou bananas, eram cargos importantes. Agora que o PSB está fora, o governador afirma que esses cargos são usados pelo governo e negociados como laranja e como banana. É uma incoerência”, lamentou o senador. Ele apelou a Campos que retome a sua postura característica de fazer política, marcada pela “competência, pelo preparo e pela elegância”, para continuar contribuído com o debate de propostas, que é o que realmente interessa ao Brasil.