Em entrevista, Gilberto Carvalho afirma que manifestações populares são exemplo de democracia

O ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República foi o entrevistado para a edição de estreia do programa Hora do Voto, da TV Gazeta de São Paulo

Por Secretaria-Geral da Presidência da República
Segunda-feira, 17 de março de 2014


Falando sobre as manifestações populares após junho do ano passado, o ministro afirmou que “a ida às ruas, para mim, é consequência, exatamente, de um novo Brasil onde cada vez mais as diferenças vão sendo superadas e cada vez mais, para sorte da democracia do país, as pessoas se sentem no direito de reclamar, de exigir condições melhores, de exigir dos governo serviços públicos adequados”. Para Carvalho, as manifestações “são extremamente bem vindas, porque elas são exemplo de democracia. A pior coisa que existe é um povo passivo, é um povo acrítico”.

Questionado sobre a reforma política, o ministro alertou que se o Brasil “não amadurecer e não tiver a consciência de fazer uma reforma política que seja não apenas eleitoral, que passe também pela criação de mecanismo de participação e de transparência, e na questão eleitoral rompa com aquilo que eu chamo da maldita dependência financeira, na campanha eleitoral, das empresas, nós não vamos limpar a corrupção da cultura política do país”.

Na avaliação de Gilberto Carvalho, “o PT fez muito bem para o governo. E o governo fez mal ao PT”. Segundo ele, “o PT e seus aliados, nós fizemos mudanças que nos dão muito orgulho. Nós mudamos a vida do pobre, nós incluímos 40 milhões de brasileiros. O Brasil é outro hoje. Quando no Brasil foi melhor do que é hoje, do ponto de vista do emprego, dos salários, do acesso à Universidade, do acesso – mesmo com todas as limitações – à saúde e à educação? Quando foi melhor na história do país?”. Em contraponto, o ministro ponderou que “nós também fomos inoculados pelo vírus da velha política e vimos, com tristeza, no nosso meio, florescer, infelizmente, no pior sentido da palavra, a corrupção, o verticalismo, a burocracia”. Fazendo um balanço, ele avaliou que “o saldo da nossa contribuição é muito positivo para o país. E, ao mesmo tempo, para continuarmos contribuindo, nós temos que nos renovar”.

Para o ministro, a presidenta Dilma “é a única força capaz de seguir promovendo essa mudanças da qual o país hoje se orgulha”. Segundo Carvalho, Dilma “agradou ao povo brasileiro pela sua seriedade, pelo seu espírito ético muito profundo e por sua capacidade de realização”. Ele considera que a presidenta “é a representação de um novo modelo de política, que não é nada tolerante com o fisiologismo, que não aceita esse velho jogo. Ela renovou muito nesse aspecto”. Ao mesmo tempo, o ministro declara: “eu desejo muito que em 2018 o Lula volte, para fechar um ciclo.”




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