Pellegrino e Rosinha elogiam decisão da Unasul de analisar crise na Venezuela

Na semana passada, a proposta de intervenção externa na Venezuela foi derrotada na OEA por 29 votos contrários e apenas 3 favoráveis: EUA, Canadá e Panamá.

Por Rogério Tomaz Jr., PT Câmara
Sábado, 15 de março de 2014


A criação de uma comissão especial da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) para analisar e buscar uma saída para a crise na Venezuela foi elogiada por parlamentares petistas. O colegiado foi criado em reunião dos chanceleres dos países do bloco, na quarta-feira (12), na qual também foi emitida uma resolução que rechaça a violência e respalda os esforços de diálogo por parte do governo de Nicolas Maduro.

Para o deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), a Unasul é o “fórum legítimo” para se tratar do caso. “A Unasul possui as melhores condições para compreender a situação da Venezuela e, portanto, para procurar uma solução pacífica e negociada para a situação”, disse o parlamentar, que presidiu a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara em 2013.

Opinião semelhante tem o deputado Dr. Rosinha (PT-PR), integrante do Parlamento do Mercosul (Parlasul). “Qualquer conflito interno na América do Sul deve ser discutido pelos países da América do Sul, no âmbito da Unasul, que é o órgão adequado para isso, onde todos os países têm assento e voto. Não há porque recorrer à ONU ou à OEA”, avalia Rosinha.

Pellegrino também afirmou que é necessária a participação de “atores que não tenham qualquer interesse no agravamento da crise”, mas apenas na mediação e na busca de um entendimento comum. “Tenho certeza que a Unasul dará uma contribuição importante para a mediação e a resolução desta crise”, resumiu o deputado baiano.

Citando a proposta de intervenção militar na Venezuela – apresentada pelos Estados Unidos – derrotada na Organização dos Estados Americanos (OEA), Dr. Rosinha criticou a postura intervencionista aquele país. “Os Estados Unidos estão procurando fazer intervenção em todos os países nos quais possuem interesses estratégicos. Eles fazem intervenção militar onde podem e onde não podem fazem intervenção política, como fizeram na Ucrânia, com financiamento de movimentos políticos e ONGs. E têm feito isso na Venezuela também. Depois de fazerem essas intervenções clandestinas, subterrâneas, eles tentam usar a OEA para intervir de forma oficial. Por isso é ainda mais importante a decisão da Unasul”, afirmou Rosinha.

Na semana passada, a proposta de intervenção externa na Venezuela foi derrotada na OEA por 29 votos contrários e apenas 3 favoráveis: EUA, Canadá e Panamá.





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