O governo do Estado de São Paulo adiou mais uma vez a inauguração do monotrilho da capital. Prometida para março, depois de ter sida adiada a entrega prevista em janeiro, agora a obra está programada para começar a operar em maio. Ainda assim, não totalmente pronta, apenas para visitas dos passageiros nos fins de semana.

O presidente do Metrô de São Paulo, Luiz Antonio Carvalho Pacheco, disse que houve atraso em relação ao cronograma e a empresa responsável pela construção dos trens do ramal, a canadense Bombardier, está sendo multada. O monotrilho integra a Linha 15-Prata do Metrô e atenderá a zona leste.

“O grande problema de Vila Prudente e Oratório não diz respeito à obra civil, diz respeito às questões do trem, que é novo, que está sendo desenvolvido pela primeira vez. Nunca a Bombardier fez um trem dessa magnitude. Hoje, só temos três trens entregues pela Bombardier no pátio, então, não dá para operar. Ainda não foram feitos testes suficientes, então, por uma questão de segurança, não adianta termos uma precipitação de colocar em operação assistida um equipamento que é moderno, novo, mas que ainda não tem a quantidade de testes necessária para se ter segurança”, disse Pacheco.

Quando a Linha 15 estiver toda pronta, nos próximos anos, ligará a região da Vila Prudente à Cidade Tiradentes, com 18 estações e 26,6 km de extensão. Ela custará R$ 6,4 bilhões.

Convênio

Nesta sexta-feira (14), a Prefeitura de São Paulo assinou convênio com o governo do Estado e vai repassar R$ 360 milhões para Estado investir nas obras das linhas 15-Prata e 17-Ouro do monotrilho. Com o novo recurso, a linha chegará até a Avenida Jacu-Pêssego, passando por parte da avenida Ragueb Choffi, na zona leste.

A linha 17, que está em obras no trecho de Congonhas até o Morumbi, irá até Paraisópolis, linha 9 da CPTM, passando pelo Jabaquara e integrando com a Linha 1-Azul do Metrô. Prometida para ser entregue neste ano, a obra ficará pronta só em 2015. “É um gesto que vai ao encontro do desejo da população e que os dois entes colaborem para dar respostas rápidas a questão da mobilidade”, afirmou Haddad.