A presidenta Dilma Rousseff comemorou o resultado do Censo Escolar do Ministério da Educação, mostrando crescimento de 45% nas matrículas de ensino integral no País. Segundo o Censo, desde 2010, o número de matrículas em educação integral no ensino fundamental cresceu 139%, chegando a 3,1 milhões de estudantes. Só no último ano, o crescimento foi 45,2%.

"Nós vimos lá no Censo que nós demos um passo bem grande para aumentar o ensino em tempo integral. Mas ainda está muito longe do que nós queremos e devemos ter", afirmou a presidenta, que participou da formatura de 3,8 mil alunos em São Paulo pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Investimentos do governo federal no Programa devem somar R$ 14 bilhões até o fim do ano.

Segundo o ministro da Educação, Henrique Paim, a meta do Programa é chegar a oito milhões de matrículas em 2014. Em seu discurso, ele afirmou que o Pronatec se insere num contexto de esforço educacional no País. "Nós conseguimos, ao longo desses anos, ampliar opotunidades de estudo no nível superior. O Pronatec é um programa que muda a história da educação profissional do Brasil", disse.



Presente no evento, a presidenta Dilma Rousseff ressaltou a importância do professor no processo de transformação da educação no Brasil. Segundo ela, educação é caminho para conseguir transformar o Brasil num país de técnicos, de cientistas, universitários, pesquisadores. "Os professores que são responsáveis por essa transformação na vida de vocês. Educação é sinônimo de professor", afirmou a presidenta aos formandos.

Dilma também lembrou o crescente número mulheres que procuram o Pronatec. Em alguns estados, o interesse em participar chega a 70%. "É interessante que elas tenham claro que o Pronatec é uma caminho da sua valorização enquanto mulher e que levará mais oportunidades para as famílias."

Pronatec

A iniciativa foi criada em 2011 e tem por objetivo ampliar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica. Durante o governo Dilma, foram cerca de 5,8 milhões beneficiados, em 3.500 municípios. No estado de São Paulo já são 870 mil matrículas.

Além da capacitação, o projeto realiza ações para:

Construir, reformar e ampliar as escolas que ofertam educação profissional e tecnológica nas redes estaduais;
Aumentar as oportunidades educacionais aos trabalhadores por meio de cursos de formação inicial e continuada ou qualificação profissional;
Aumentar a quantidade de recursos pedagógicos para apoiar a oferta de educação profissional e tecnológica; e
Melhorar a qualidade do ensino médio.

O programa também possui uma série de desdobramentos para expandir a rede federal de ensino. Entre eles, estão:

Programa Brasil Profissionalizado: projeto com foco na ampliação da oferta e no fortalecimento da educação profissional e tecnológica integrada ao ensino médio nas redes estaduais.
Rede e-TecBrasil: programa que oferece cursos à distância para formação técnica, inicial, continuada ou de qualificação profissional.

Acordo de Gratuidade com os Serviços Nacionais de Aprendizagem: O acordo visa ampliar, progressivamente, a aplicação dos recursos do SENAI, do SENAC, do SESC e do SESI em cursos técnicos e de formação inicial e continuada ou de qualificação profissional, em vagas gratuitas destinadas a pessoas de baixa renda, com prioridade para estudantes e trabalhadores.

FIES Técnico e Empresa: projeto que financia cursos técnicos e cursos de formação inicial e continuada ou de qualificação profissional para estudantes e trabalhadores em escolas técnicas privadas e nos serviços nacionais de aprendizagem – SENAI, SENAC, SENAT e SENAR. No FIES Empresa serão financiados cursos de formação inicial e continuada para trabalhadores, inclusive no local de trabalho.

Bolsa-Formação: iniciativa que oferece, gratuitamente, cursos técnicos para quem concluiu o Ensino Médio e para estudantes matriculados no Ensino Médio e cursos de formação inicial e continuada ou qualificação profissional.