
Agora Alckmin admite racionamento de água
Depois de negar adoção da medida, queda constante de nível do Cantareira faz governador mudar de discurso
Quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), agora admite que existe a possibilidade de decretar racionamento no abastecimento de água nas regiões servidas pelo Sistema Cantareira. Até então, o governador dissera que a medida estava descartada, apesar de o nível das represas do manancial não parar de cair. Nesta quarta-feira (26), segundo o monitoramento feito pela Sabesp, o nível está em 16,8%. No acumulado do mês, o índice pluviométrico (volume de chuva que caiu) está em 63,2 milímetros; o volume histórico para fevereiro é de 202,6 mm.
Segundo Alckmin, a decisão sobre a adoção de racionamento vai se basear em dados técnicos. “A situação é monitorada dia a dia pela Sabesp. Nós vamos decidir mais à frente um pouco”, afirmou ontem (25) o governador. No entanto, a empresa informou que ainda não trabalha com o cenário de restrição ao consumo. “A companhia adotou uma série de medidas, entre elas, mais de 1,6 milhão de moradores da zona leste, que eram abastecidos pelo Cantareira, passaram a receber água do Sistema Alto Tietê”, diz a Sabesp.
Apesar de a companhia ainda não ter aceso o sinal de alerta, o Sistema Alto Tietê também vem secando. Hoje, o nível de seus reservatórios está com 38,9% da capacidade. As chuvas na região do manancial somam 79,4 mm neste mês, para uma média histórica de 194,3 mm em fevereiro.