Dilma reforça respeito à soberania e defende diálogo na Venezuela
A presidenta Dilma Rousseff defendeu o diálogo como solução para o conflito deflagrado recentemente na Venezuela entre chavistas e oposição
Terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
"Em qualquer situação, é muito melhor o diálogo, o consenso e a construção democrática", disse. Ela ainda advertiu que, caso seja registrado um Golpe de Estado, devem ser aplicadas as mesmas sanções sofridas pelo Paraguai quando o ex-presidente Fernando Lugo foi deposto, em 2012, quando Assunção foi afastada do Mercosul e da Unasul.
Dilma reforçou a posição do Brasil em respeitar a soberania nacional e a autodeterminação dos povos. “Não cabe ao Brasil discutir a história da Venezuela, nem o que a Venezuela deve fazer, porque isso seria contra o que nós defendemos em termos de política externa. Nós não nos manifestamos, a não ser em fóruns adequados, não nos manifestamos sobre uma situação interna de nenhum país, não nos cabe isso. É muito melhor o diálogo, o consenso e a construção democrática, do que qualquer outro tipo de ruptura institucional. Com o caos vem toda a desconstrução econômica, social e política”, afirmou a presidenta.
Dilma também assegurou em sua fala que a Venezuela não enfrenta uma realidade similar a vivida pela Ucrânia, porque existem suficientes avanços sociais que respaldam o trabalho e a funcionalidade do governo bolivariano em Caracas. Segundo ela, nesse caso, “é muito importante ver a Venezuela desde o ponto de vista dos avanços sociais, particularmente em matéria de saúde e educação”.