A Prefeitura de São Paulo lançou nesta quinta-feira (20) uma série de ações para conscientizar a população a não sujar a cidade. A preocupação é evitar que ocorram enchentes no período de chuvas, devido a entupimento de bueiros. A aplicação de multa a quem jogar lixo na rua não está descartada. A campanha chama-se “Eu jogo limpo com São Paulo” e é feita em parceria com as empresas prestadoras dos serviços de coleta, limpeza e varrição da cidade.

Haverá peças publicitárias nos meios de comunicação e um aplicativo de celular para o morador saber as formas de destinação do lixo e horário da coleta em seu endereço. Também haverá distribuição de cartilhas nas escolas municipais.

A Prefeitura anunciou também que duas novas centrais de triagem serão inauguradas este ano, em Santo Amaro e na Ponte Pequena. Com elas, a capacidade de reciclagem será triplicada para 750 toneladas diárias. Duas outras centrais entrarão em operação em 2015 e 2016, quintuplicando a capacidade de reciclagem e ampliando a abrangência da coleta seletiva.

Multa

A aplicação de multa a quem for flagrado jogando lixo nas vias públicas está em análise pela prefeitura. O secretário de Serviços, Simão Pedro, esteve esta semana na cidade do Rio de Janeiro para conhecer detalhes do programa implementado lá. O carioca que suja a cidade pode receber multa enter R$ 157 e R$ 3 mil, conforme a quantidade de resíduo deixado fora dos locais apropriados.

O município já tentou antes multar os “sujismundos”. Em 1987, o então prefeito Jânio Quadros aprovou lei nesse sentido, que nunca foi colocada em prática. Anos depois, nem o prefeito da capital a respeitou. Em 1996, Paulo Maluf foi flagrado jogando um papel de sorvete no chão, pediu desculpas, mas não pagou os R$ 789,80, na época o valor da infração.

Pedro declarou ao jornal “Metro” que a autuação é uma das medidas que podem ser adotadas na capital. “Temos, sim, uma disposição de autuar quem joga lixo na rua. A ideia é fechar o cerco contra os sujões”, disse o secretário. Conforme ele, a principal dificuldade é a aplicação dessa lei, porque o número de fiscais é insuficiente.

“No Rio, as equipes são formadas por um PM, um guarda municipal e um fiscal, mas ainda não definimos qual o modelo em São Paulo”, afirmou o secretário ao jornal. Procurada para dar mais detalhes sobre o projeto, a Prefeitura ainda não se manifestou.