El Salvador: Candidato da esquerda mantém liderança nas pesquisas a duas semanas das eleições

O atual vice-presidente, Sánchez Céren, da FMLN, tem 56,6% da intenção de voto para o segundo turno; o direitista Quijano, da Arena, 43,4%

Por Opera Mundi
Quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014


A duas semanas do segundo turno das eleições presidenciais em El Salvador, o candidato governista, Salvador Sánchez Céren, lidera com 56,6% as intenções de voto no país. De acordo com uma pesquisa de opinião realizada pela LPG Datos e divulgada nesta quinta-feira (20/02) pelo jornal local La Prensa Gráfica, a chapa da FMLN (Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional), encabeçada pelo atual vice-presidente, tem clara vantagem sobre o candidato oposicionista da Arena (Aliança Republicana Nacionalista), Normán Quijano, com 43,4% da preferência eleitoral.

Para o estudo, realizado entre os dias 11 e 16 de fevereiro, a LPG Datos entrevistou 1.500 pessoas em todo o país, projetando para a pesquisa uma margem de erro de 2,6%. Os salvadorenhos vão às urnas no dia 9 de março para decidir em definitivo quem governará o país pelos próximos cinco anos.

O primeiro turno do pleito aconteceu em 2 de fevereiro e deu ao esquerdista Sánchez Céren 48,9% dos votos, quase atingindo a maioria absoluta. Quijano, da Arena, obteve 38,9% dos votos.
Há um ano, o cenário eleitoral em El Salvador era completamente diferente. Uma pesquisa de opinião de maio de 2013 indicava que, na hipótese de um segundo turno entre FMLN e Arena, quem venceria era a chapa de oposição. Na projeção, 44,4% dos eleitores votariam no direitista Quijano; contra os 37% que preferiam o esquerdista Sánchez Céren.

O próximo presidente irá substituir Mauricio Funes, primeiro governante eleito pela FMLN após a guerrilha formar um partido. De 1980 e 1992, a guerra civil salvadorenha resultou na morte ou desaparecimento de 75 mil pessoas. Em 1992, com a assinatura dos acordos, a FMLN abandonou as armas e se transformou em partido político.

A campanha da esquerda apostou na continuidade do governo Funes, voltado para o desenvolvimento de programas sociais e no combate à violência, um dos principais problemas em El Salvador. Por outro lado, a oposição, liderada por Quijano, amparou sua campanha nas temáticas da insegurança, violência e militarização da sociedade.




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