Maduro alerta iminência de golpe de Estado na Venezuela

O presidente venezuelano lembrou que os ministros ligados à construção da paz e da juventude venezuelana estão recebendo propostas que devem ser avaliadas para inclusão no Plano para a Paz e Convivência

Por Vermelho.org
Sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014


O presidente citou o poema “Minha Vingança Pessoal”, de Tomás Borge, e indicou que "a única vingança pessoal" do Executiva Nacional será "uma nação de homens e mulheres cultos e educadas, que consolidarão o direito à felicidade para todo um povo. Nossa vingança será esta democracia siga se consolidando, ampliando seus horizontes e siga garantindo ao nosso povo a independência da nossa pátria, que deixou o comandante Hugo Chávez".

Maduro disse que, contra os eventos desestabilizadores gerados pela direita na Venezuela "a coisa mais importante é continuar a trabalhar e construir". Ele lembrou que os ministros ligados à construção da paz e da juventude venezuelana estão recebendo propostas que devem ser avaliadas para inclusão no Plano para a Paz e Convivência.

A violência da direita

Maduro disse que os setores oposicionistas escolheram o caminho da violência, mesmo após o chamado para o diálogo impulsionado pela Executiva Nacional."Eu levantei o caminho da convivência pacífica, o caminho da tolerância, do diálogo na diversidade e da paz, mas vocês, líderes políticos da oposição, optaram pela violência” declarou ele na rede pública de rádio e na televisão.

O presidente venezuelano também aproveitou a oportunidade para parabenizar os membros da Polícia Nacional Bolivariana (PNB) e da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) pelo seu trabalho com os atos violentos registrados em Caracas e em outros estados do país.

Os efetivos, "receberam insultos e balas durante horas. Os escudos da PNB estão cheios de balas", disse Maduro, que reiterou que a ordem expressa é proteger o povo venezuelano. "Vocês vão dizer, então, setores da oposição, (...) se temos que permitir que queimem o país, que destruam este país”, disse Maduro.

Por outro lado, salientou que a marcha da juventude revolucionária tomada quarta-feira encaminhou a mensagem "de paz, tolerância, respeito, lutando pelo socialismo, a luta para os novos valores".

Responsabilidade e entrega às autoridades

O presidente pediu que os autores intelectuais dos acontecimentos violentos desta semana se entreguem às autoridades do país e que não continuem a desestabilizar o país. Maduro informou ainda que já identificaram todas as pessoas que portavam armas de fogo no incidente. "Eu digo a esses fugitivos fascistas: entreguem-se, vocês são responsáveis pelo dano que ocorreu ontem no país", disse.

"Para que haja paz, deve haver justiça, não há paz com a impunidade. Na nossa Venezuela não vai haver impunidade, a justiça será feita contra os autores materiais e intelectuais", completou Maduro.
Segundo o mandatário, o objetivo dos grupos opositores é repetir a ação de 11 de abril de 2002, quando se executou um golpe de Estado contra o comandante da Revolução Bolivariana e ex-presidente Hugo Chávez.

O atual presidente venezuelano expressou suas condolências à família de Juan Montoya, Basil Da Acosta e Neider Arellano, que perderam a vida "pelo chamado irresponsável de grupos nazifascistas".

Maduro exibiu alguns vídeos que evidenciam “a violência, destruição e intolerância da direita venezuelana depois da convocatória para incendiar as ruas", segundo ele, promovida pelos antichavistas Leopoldo López e Maria Corina Machado”.

Os setores antichavistas devem "assumir a responsabilidade com o coração, sem chantagem, corajosamente” e ressaltou: “Algum dia eu espero ser agradavelmente surpreendido com a notícia de que vocês estão atuando de maneira vertical, apegados à Constituição e que possam se converter em forças democráticas".

Construção da paz

Maduro pediu a todos os venezuelanos para construir a paz, apesar das diferenças políticas ou ideológicas que têm com o Governo.

"Em que lado se colocam? Ao lado da pátria de paz que queremos construir ou do caos, da violência e do golpe de Estado promovido por esse grupo que está atuando no país?”, questionou o presidente da Venezuela, que aproveitou para convidar o povo à construir a paz e avançar independentemente das diferenças políticas.

"Quando estamos neste momento levantando o Plano de Pacificação, os planos e as bandeiras de paz é que o fascismo se propõe a encher o país com uma violência política desesperada", acrescentou.

A este respeito, Maduro afirmou que por trás dos acontecimentos estão as organizações estadunidenses que “vivem para penetrar e controlar o mundo em sua loucura. O que é pior é que arrastam milhares de pessoas e jovens", lamentou.




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