Comitê discute medidas para tentar evitar falta de água em São Paulo
Valinhos, na região de Campinas, já adotou o racionamento
Quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
O comitê formado com o objetivo de tentar evitar a falta de água na região metropolitana de São Paulo e cidades atendidas pela bacia do Rio Piracicaba se reúne hoje (12) na capital paulista. O baixo nível do Sistema Cantareira, que responde por quase 50% do abastecimento da grande São Paulo, continua caindo e atingiu hoje (12) o menor nível do seu histórico de medições: 19,1%.
Essa será a terceira reunião do grupo, formado por representantes da Agência Nacional de Águas (ANA), pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) e pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Serão discutidos temas como a mudança na partilha de água feita entre os municípios da região de Campinas, Piracicaba e Limeira e a região metropolitana de São Paulo.
Pelo menos cinco cidades do interior paulista já anunciaram medidas de racionamento. Em Diadema, a companhia de saneamento iniciou um rodízio no abastecimento entre bairros. A manobra está sendo feita porque o calor fez aumentar o consumo de água, o que demandou maior volume do que o recebido pelos reservatórios. Em Guarulhos, o revezamento ocorre em seis bairros do município.
Valinhos, na região de Campinas, já adotou o racionamento. O município foi dividido em sete áreas, de acordo com os dias da semana, e duas ficam sem água duas vezes por semana, em dias intercalados. A cidade de Itu também está racionando água no período das 20h às 4h. Em Vinhedo, o racionamento ocorre desde dezembro. A cidade conta com um sistema de monitoramento que aponta as regiões onde o consumo está acima da média. Tais localidades podem ter o abastecimento suspenso de duas a três horas - ou até quatro, se a situação for crítica.