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Líder do PT lamenta morte de cinegrafista e condena vandalismo em manifestações
Para o deputado Vicentinho (SP), manifestações não podem ser usadas para justificar a violência
Quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
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O líder do PT na Câmara, Vicentinho (SP), condenou nesta terça-feira (11) a violência que tem sido promovida por vândalos em manifestações de ruas no País. “Todas as grandes mobilizações de massa do século 20 foram vitoriosas, mas sem violência, sem o uso de máscaras, sem depredar patrimônio público”, disse ele, ao lamentar a morte do cinegrafista Santiago Ilídio Andrade, da TV Bandeirantes, atingido na cabeça por um rojão durante a cobertura de um protestocontra o aumento do preço dapassagem de ônibus, no centro do Rio de Janeiro, na quinta-feira passada.
Vicentinho frisou que o Brasil conseguiu chegar à democracia de maneira pacífica e sem ameaças à vida de ninguém, “muito menos de profissionais cuja única atividade é a de registrar os acontecimentos, como fazia Santiago Andrade”. Para ele, manifestações não podem ser usadas para justificar a violência. “Manifestações de protesto são legítimas, em regimes democráticos, mas têm que ser pacíficas, sem a presença de agentes provocadores, de vândalos ou de pessoas sem compromisso com a democracia; e têm que ter, sobretudo, respeito à vida humana”.
Na análise de Vicentinho, manifestações legítimas transformam, têm impacto nas decisões do Congresso e na tomada de decisões dos governantes, como em junho, quando a presidenta Dilma anunciou cinco pactos para responder às reivindicações das ruas. Mas o líder ponderou que é preciso seguir o figurino democrático: “Liderança popular tem que pegar o microfone para dizer o que é errado ou não, e impedir posturas desrespeitosas e violentas. É nessa perspectiva que a gente aposta no movimento democrático”.
O direito à manifestação, disse, é uma conquista democrática, que “deve ser abraçada, agarrada e mantida em defesa dos direitos da sociedade. Agora, violência, matar, atirar covardemente, soltar bomba a esmo no meio da massa, isso é inaceitável.”
Vicentinho solidarizou-se com a família do cinegrafista e também com a categoria dos jornalistas, que vão às manifestações a trabalho, para registrar os acontecimentos. Ele observou que, nas manifestações que eclodiram no País em junho passado, dezenas de jornalistas sofreram violência por parte de manifestantes e também da polícia, despreparada, violenta em muitos aspectos”.
Para o líder do PT, está passando da hora de se dar um basta à violência. No caso da imprensa, sugeriu um esforço coletivo, envolvendo trabalhadores, sindicato dos jornalistas, governos estaduais, para que possa haver condições para o pleno exercício do trabalho de cobertura da imprensa.