Cinco candidatos disputam eleições presidenciais em El Salvador
Entre 1980 e 1992, El Salvador viveu uma guerra civil entre o Estado e a a FMLN, que na época atuou como guerrilha insurgente. O conflito teve um número de vítimas estimado em 75 mil pessoas, entre mortos e desaparecidos
Sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
No próximo domingo (2), cinco candidatos disputam as eleições presidenciais em El Salvador. O candidato de esquerda Sánchez Cerén, da Frente Farabundo Martí para a Liberação Nacional (FMLN), tem apoio do atual presidente, Mauricio Funes, e lidera as pesquisas de intenção de voto. Em segundo lugar aparece o candidato de oposição da Aliança Republicana Nacionalista (Arena), Norman Quijano. Ambos encerraram nesta quinta-feira (30) a campanha eleitoral.
Algumas pesquisas apontam a vitória de Sánchez Cerén no domingo, enquanto outras indicam a possibilidade de um segundo turno com Norman Quijano. De acordo com o Supremo Tribunal Eleiotal, 4.955.107 salvadorenhos estão registrados para comparecer às urnas.
De acordo com dados oficiais, a maior parte dos votantes são eleitoras. Mais de 50% dos inscritos para votar são mulheres. Esta é a primeira eleição que permitirá que salvadorenhos que estejam fora do país possam participar do processo eleitoral.
O presidente do Supremo Tribunal Eleitoral do país, Eugenio Chicas, disse hoje, em uma entrevista coletiva, que espera entregar o resultado provisório por volta de 22h no horário local (madrugada do dia 3 de fevereiro). Ele disse que o resultado será divulgado quando não houver mais tendência de mudança.
Entre 1980 e 1992, El Salvador viveu uma guerra civil entre o Estado e a a FMLN, que na época atuou como guerrilha insurgente. O conflito teve um número de vítimas estimado em 75 mil pessoas, entre mortos e desaparecidos.
O acordo de paz que pôs fim ao conflito interno foi assinado em janeiro de 1992 entre o governo e a FMLN, no México. Com resultado da negociação foram feitas mudanças na Constituição e os guerrilheiros do FMLN foram reintegrados à sociedade e o grupo foi transformado em uma associação política.
O processo de paz em El Salvador é considerado por alguns analistas, como um caso bem sucedido de negociação, embora, no país, ainda existam denúncias de não reparação dos crimes cometidos durante o conflito.