O biofísico alemão Erwin Neher, prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia em 1991, fará palestra nesta quarta-feira (29), às 15 horas, no teatro do Shopping Frei Caneca, em São Paulo. O evento integra a programação do Túnel da Ciência, cuja abertura ocorre nesta quinta-feira (30), também na capital paulista.

Neher e seu parceiro Bert Sakmann fizeram descobertas relevantes sobre a função dos canais iônicos nas células e decifraram a comunicação celular. Pesquisador da Sociedade Max Planck – entidade responsável pela mostra Túnel da Ciência–, o palestrante apresenta a estudantes brasileiros reflexões sobre conhecimento e pesquisa para as gerações futuras.

Ele deve abordar sua trajetória de cientista renomado, a fim de motivar o público jovem a se interessar pelo ofício. A conferência tem entrada franca e tradução simultânea.

Túnel da Ciência

Criada em 2000 e inédita no Brasil, a mostra é gratuita e fica aberta de 30 de janeiro a 21 de fevereiro, no Centro de Convenções do Shopping Frei caneca. O Túnel da Ciência já visitou 20 países nos cinco continentes e recebeu nove milhões de pessoas em suas três versões – a última foi lançada na Rússia, em 2013. A vinda da exposição para São Paulo conta com patrocínio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

O evento prevê uma programação paralela de mesas-redondas com pesquisadores da Sociedade Max Planck e de instituições brasileiras. O primeiro debate ocorre hoje (28) e trata da divulgação científica nos dois países.

A mesa redonda é organizada pela Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social do MCTI, com moderação do diretor do Departamento de Popularização e Difusão da Ciência e Tecnologia da Secis, Douglas Falcão.

O debate busca ressaltar as características da divulgação cientifica do Brasil como um País emergente, com grandes contrastes sociais, econômicos e culturais, e da Alemanha como um país cuja população já atingiu um alto nível de educação científica.

Além de Falcão, participam das discussões os pesquisadores Ildeu Moreira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Peter Steiner, da Sociedade Max Planck, e Glória Queiroz, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).