Fórum Social debate crise do capitalismo e democracia real

Gestores, pesquisadores e representantes de movimentos sociais participaram do debate “Contra o Capital, Democracia Real”

Por Secretaria-Geral da Presidência da República
Sexta-feira, 24 de janeiro de 2014


O Teatro Dante Barone, na Assembleia Legislativa de Porto Alegre (RS), recebeu na manhã desta sexta-feira (24) gestores, pesquisadores e representantes de movimentos sociais para o debate “Contra o Capital, Democracia Real” que fez parte da programação do Fórum Social Temático 2014. O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República (SGPR), Gilberto Carvalho, e o governador do estado do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, estiveram presentes.

As tendências capitalistas caminham em direção oposta à democracia. Enquanto esta tem sua força baseada na participação social, na coletividade, no bem-estar comum, aquela tem suas bases no lucro, no individualismo e no monopólio. O conceito de “Democracia Real” pode ser equiparado à efetivação de um governo gerido pela sociedade. “Há uma suposta democratização das relações empresariais internacionais, mas os neoliberalistas ainda têm um impulso neocolonialista que busca regular as relações em todos os sentidos, dos comerciais aos culturais”, afirma Ricardo Alemão Abreu, representante do Instituto de Estudos Contemporâneos.

Para Gilberto Carvalho, é dever do Estado ouvir e atender as demandas das massas. Programas como o Orçamento Participativo, por exemplo, são uma maneira de colocar a sociedade à frente do gerenciamento do País. O ministro reconhece que ainda é preciso encontrar mais canais de intervenção social nas políticas governamentais. “Vivemos um momento de aprofundamento da crise do capitalismo e surgimento de novas formas de mobilização. Há hoje uma cultura virtual muito forte”, destaca. O Partipatório da Juventude e o Participa BR podem ser colocados como experiências online de diálogo entre povo e gestores para a construção coletiva de políticas.

A jovem Gerusa Bittencourt, 25, participa do FST como membro do Coletivo Enegrecer e da Marcha Mundial das Mulheres. Para ela, a democracia real só vai existir quando grupos que estão exclusos dos espaços políticos também ocupem o governo. “Juventudes, mulheres, negros não possuem hoje uma democracia real. Aqueles que têm condição financeira são os que alcançam espaços de poder. Nós, juventude negra, queremos estar nesses espaços participando das mudanças no País”, afirma.

Reforma Política

A fórmula para que as grandes corporações deixem de comandar o País e para que intervenção popular na política seja direta não se encontra do dia para a noite. É preciso que haja um processo amplo de reflexão. O governador Tarso Genro acredita que para uma sociedade democrática existir em plenitude é necessário que haja uma reforma política radical, ampliando a participação social dentro do governo. “É preciso confrontar para que tenhamos uma reforma na Constituição. Assim vai ser possível retirar o estado do controle do capital estrangeiro”, sugere.

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