O Brasil é hoje uma das mais amplas fronteiras de oportunidades de negócios, afirma Dilma
Dilma alertou que é apressada a tese segundo a qual, depois da crise, as economias emergentes serão menos dinâmicas
Sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
A presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (24), em Davos, na Suíça, a uma plateia de empresários que participam do Fórum Econômico Mundial, que o Brasil é hoje uma das mais amplas fronteiras de oportunidades de negócios e que sempre recebeu bem o investimento externo, adotando medidas para facilitar ainda mais essa relação.
“O Brasil é hoje uma das mais amplas fronteiras de oportunidades de negócios. Nosso sucesso nos próximos anos estará associado à parceria com os investidores de todo o mundo. O Brasil sempre recebeu bem o investimento externo. Meu governo adotou medidas para facilitar ainda mais essa relação. Aspectos da conjuntura recente não devem obscurecer essa realidade. Como eu disse até aqui o Brasil precisa e quer a parceria com o investimento privado nacional e externo”.
Dilma afirmou que um novo Brasil, menos desigual, está sendo construído mantendo a solidez dos compromissos macroeconômicos, onde a estabilidade é valor central. Aos empresários, ela garantiu que o país não transige com a inflação, mantém sob controle as despesas, tem um dos menores endividamentos públicos do mundo e respeita os contratos, além de apresentar um ambiente estável e atrativo aos investimentos.
A presidenta avaliou que um novo ciclo de crescimento econômico mundial está em fase de gestação e à medida que a crise vai se dissipando, um olhar mais atento sobre os países emergentes ganhará fôlego. De acordo com a presidenta, com uma estratégia de longo prazo focada na promoção dos investimentos, na educação e no aumento da produtividade, o Brasil sairá ainda melhor desta crise internacional. Dilma alertou que é apressada a tese segundo a qual, depois da crise, as economias emergentes serão menos dinâmicas.
“A saída definitiva dessa crise requer um enfoque que privilegie não apenas o curto prazo. É natural que, em um ambiente de crise e contaminado pelos seus efeitos adversos, muitas avaliações acabem privilegiando só essa dimensão temporal. É imprescindível, entretanto, resgatar o horizonte de médio e longo prazos em nossas avaliações para dar suporte aos diagnósticos e às ações necessárias ao crescimento das diferentes economias. Nessa perspectiva, ainda que as economias desenvolvidas mostrem claros indícios de recuperação, as economias emergentes continuarão a desempenhar um papel estratégico. Estamos falando dos países com as maiores oportunidades de investimento e de ampliação do consumo (…) Os fluxos atuais de investimento e comércio e as elevadas taxas de emprego e o horizonte de oportunidades dessas economias apontam noutra direção. Aliás, como as economias desenvolvidas foram as mais afetadas pela crise, ao dela saírem criarão um ambiente econômico global mais favorável”.