Em Davos, especialistas pedem que países desenvolvidos avancem no combate à crise

As coisas estão melhores na Europa, mas condutores de políticas públicas não podem ser complacentes, diz ex-presidente do Banco Central alemão

Por Agência Brasil
Quarta-feira, 22 de janeiro de 2014


Especialista em economia fizeram um apelo às nações desenvolvidas, nesta quarta-feira (22), para que não se acomodem perante os recentes progressos e avancem no combate aos efeitos da crise financeira internacional. A recomendação foi feita durante os debates realizados no primeiro dia do Forum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

Em relação à economia mundial, especialmente em relação aos países desenvolvidos, o economista Axel A. Weber, ex-presidente do Banco Central alemão, estimou que cerca de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) desses países ainda seja instável. “As coisas estão melhores na Europa, mas os condutores de políticas públicas não podem ser complacentes", advertiu.

A presidenta Dilma Rousseff deve discursar no evento na próxima sexta-feira (24). É a primeira participação dela no Fórum Econômico Mundial. O tema do encontro deste ano em Davos é O Remodelamento do Mundo: Consequências para a Sociedade, a Política e os Negócios. Estima-se que, aproximadamente, 2,5 mil pessoas de mais de 100 países participem. Entre os palestrantes estão o fundador da Microsoft, Bill Gates; o cientista político norte-americano Ian Bremmer; o banqueiro, empresário e ex-ministro do Comércio da Indonésia Gita Wirjawan; o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto; e o economista norte-americano Nouriel Roubini.

A participação de líderes mundiais e chefes de Estado está prevista para ocorrer entre sexta-feira (24) e sábado (25), quando termina o encontro. O evento reúne líderes mundiais, empresários, intelectuais e jornalistas para discutir a situação da economia global e temas políticos relacionados à melhoria do ambiente global de negócios.

Cenário econômico

Segundo Axel A. Weber, dois eventos em 2014 podem provocar instabilidade no cenário econômico e financeiro mundial: a eleição de políticos europeus mais céticos em relação ao bloco econômico e o desempenho dos bancos da Europa – o que foi, inclusive, citado em um texto - que pode ser lido em inglês - da diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, divulgado também nesta quarta-feira.

Os painelistas deste primeiro dia de fórum mencionaram a problemática de uma geração perdida, devido ao desemprego estrutural no continente. Os participantes pediram que líderes europeus sejam mais agressivos ao lidar com a crise de desemprego. Para eles, deve-se apostar em mobilidade laboral, aproveitamento das aptidões necessárias no meio empresarial e mais investimentos em educação, tecnologia e inovação.

“A Europa está muito mais estável, o que não é uma conquista pequena. Por outro lado, a situação do desemprego entre jovens é terrível”, disse o professor de políticas públicas e de economia da Universidade de Harvard, Thomas D. Cabot. Na agenda desta quarta-feira do encontro também foram discutidos temas como cidadania no século 21, mudanças do clima




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