Santo André fecha 2013 com casos de dengue controlados

Balanço apresentado pela Secretaria de Saúde registrou 166 ocorrências, sendo 125 importados e 41 autóctones; cadeia de transmissão foi interrompida

Por Portal Prefeitura de Santo André
Terça-feira, 21 de janeiro de 2014


Em 2013, Santo André apontou 166 casos de dengue, sendo 41 autóctones (contraídos dentro do município) e 125 importados (adquiridos fora). A boa notícia é que por 13 semanas a cidade não teve nenhum novo caso local da doença registrado. Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde, que, ao longo do ano, repassa semanalmente as ocorrências à Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), órgão vinculado ao governo do Estado.

“Conseguimos interromper, a partir da última semana de setembro até a última de dezembro, no ano passado, a corrente de transmissão da doença. Isso significa que não computamos nenhum caso autóctone no município.”, afirmou o biólogo Robson Oliveira Lopes, responsável pelo Controle de Roedores Vetores e Animais Sinantrópicos, órgão da Gerência de Controle de Zoonoses de Santo André, vinculada ao Departamento de Vigilância à Saúde.

Cenário que está na contramão de várias cidades do País, como Rio Preto, Araraquara e Bauru, no interior do Estado, e São Vicente e Peruíbe, na baixada santista, que figuram na lista do Ministério da Saúde com risco de epidemia neste ano, principalmente com as altas temperaturas e as chuvas típicas do verão. Neste caso, a água parada é o grande atrativo para o mosquito.

A ação mais simples para se prevenir a dengue é evitar o nascimento do mosquito, uma vez que não existe vacina. A fêmea coloca seus ovos em locais com água limpa e parada. Com a transmissão interrompida, o novo desafio para os agentes ambientais de Saúde de Santo André, agora, é trabalhar para reduzir a incidência da doença no município. Desde o inverno, as atividades preventivas foram intensificadas no Parque Novo Oratório, Vila Homero Thon, Vila Palmares, Vila Alzira e Bairro Jardim, locais que apresentaram maior incidência do mosquito no último ano.

ARRASTÃO – Desde o último dia 13, os agentes iniciaram o Arrastão da Dengue pelo município, atividade preventiva e de conscientização da população que consiste no trabalho casa a casa. “Pretendemos visitar entre 800 mil e 1 milhão de imóveis por toda a cidade”, afirmou o biólogo. Os primeiros locais visitados foram Valparaíso e Vila Floresta, bairros de classe média alta que registraram focos e larvas do Aedes aegypti ao longo de 2013. Mutirao Dengue Foto Divulgacao 3

A equipe também chegou à Vila Palmares, que faz divisa com os municípios de São Caetano e São Bernardo. As visitas domiciliares consistem em vistoriar possíveis criadouros de dengue, como vasos, recipientes, caixa de água, calhas, lajes e telhados, além de os agentes repassarem orientações ao dono do imóvel. A forma mais eficiente de combater a doença é evitar o acúmulo de águas nas residências.

Para reforçar o trabalho, o governo municipal contratou o Isama (Instituto de Saúde e Meio Ambiente), entidade que contribuirá para o trabalho de prevenção e eliminação aos focos do mosquito, entre outras atividades. Até o momento, 100 agentes ambientais foram selecionados e passaram por treinamento. Em fevereiro, espera-se a contratação de mais 80 profissionais.

Em casos de suspeita da doença, a pessoa deve procurar, imediatamente, por um serviço de saúde. Os aspectos mais comuns são febre alta, dores articulares e musculares, dor de cabeça, dor na região atrás dos olhos, manchas avermelhadas pelo corpo, cansaço, vômito e diarreia – vale ressaltar que o quadro febril deve estar associado a dois ou mais sintomas.




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