Desemprego na AL é o menor da história, diz OIT

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) informou nesta sexta-feira (17) que o desemprego registrou uma taxa mínima histórica de 6,3% na América Latina e Caribe em 2013, ainda que a situação laboral seja “preocupante” porque a falta de dinamismo econômico causou impactos no mercado de trabalho

Por Onu Brasil
Sexta-feira, 17 de janeiro de 2014


O progresso que havia sido registrado nos mercados de trabalho da região durante a última década parece haver-se estancado e, portanto, é necessário redobrar os esforços para evitar que haja retrocessos, destaca a OIT em seu relatório anual Panorama Laboral 2013 da América Latina e Caribe.

“A situação do mercado de trabalho não é negativa, mas é preocupante”, disse a Diretora Regional da OIT para a América Latina e Caribe, Elizabeth Tinoco, durante a apresentação do relatório na capital peruana, Lima. “A região corre o risco de perder a oportunidade de avançar na geração de mais e melhores empregos”.

“Os salários crescem menos que nos anos anteriores, a informalidade não se reduz, a produtividade está aumentando abaixo da média mundial e aumentou a desocupação dos jovens nas zonas urbanas”, ressaltou Tinoco.

O Panorama Laboral deste ano diz que a taxa média de desemprego urbano para a região registrou uma nova queda, de 6,4% para 6,3%, em um contexto de desaceleração do crescimento econômico. Se a situação das taxas de crescimento se estender até 2014, quando segundo as previsões poderiam chegar a 3,1% ou 3,2%, o desemprego seria mantido em 6,3% no próximo ano. A leve queda da taxa de desemprego urbano não ocorreu por um aumento na taxa de ocupação, que permaneceu igual à do ano passado, em 55,7%, mas foi impulsionada por uma ligeira queda na taxa de participação no mercado laboral de 59,6% a 59,5%.

Tinoco destacou que “o desemprego baixo é sempre uma boa notícia”. A taxa de 2013 é a mais baixa registrada desde que a OIT começou a publicar este relatório há 20 anos e está muito abaixo dos 11,2% alcançado em 2003. No entanto, acrescentou, é necessário continuar buscando oportunidades, pois por trás da baixa taxa percentual de 2013 existem pessoas, neste caso 14,8 milhões de mulheres e homens que procuram emprego sem conseguir.

“Não podemos esquecer que o emprego constitui uma ferramenta especial para a redistribuição da riqueza e da inclusão social, para a luta contra a pobreza e a desigualdade”, afirmou a Diretora Regional da OIT.




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