Com boicote de oposição, referendo sobre nova Constituição no Egito tem 98% de

Dados parciais foram divulgados nesta quinta-feira por jornal estatal, que também afirma que houve alto comparecimento

Por Opera Mundi
Quinta-feira, 16 de janeiro de 2014


Resultados parciais do referendo sobre a nova Constituição do Egito, divulgados nesta quinta-feira (16/01) pelo jornal estatal Al-Ahram, mostram que aproximadamente 98% dos eleitores votaram a favor do novo texto, em uma campanha marcada pelo boicote da Irmandade Muçulmana e outros grupos oposicionistas. A votação foi realizada na terça (14) e na quarta-feira (15).

Durante o processo, foram regstradas pelo menos nove mortes, além de 444 detidos.

Por conta do boicote, é esperada uma vitória arrasadora do sim. Os primeiros resultados oficiais devem ser divulgados em até 72 horas após o fim da votação. Os dados parciais divulgados pelo Al-Ahram não abrangem os votos das províncias do Cairo e do Norte do Sinai.

Segundo a publicação, 17.453.815 milhões de egípcios participaram do processo, participação de pouco mais de 33%, incluídos os eleitores no exterior, dos quais pouco menos de 10% foram às urnas. Conseguir uma participação aceitável, que supere pelo menos 33% do anterior referendo constitucional sobre a Carta Magna redigida pelos islamitas em 2012, transformou-se em uma obsessão para as autoridades.

Na quarta, o governo do Egito já falava em “alta participação”. Outras autoridades diziam que a participação na votação poderia ser maior que 50%. De acordo com o Al-Ahram, na província do Sul do Sinai 91% da população com direito a voto opinou na consulta, seguido de Al Menufiya, no delta do Nilo, com 55% de participação. Em último, ficaria Matruh, onde apenas 20% foram às urnas.

A nova Constituição substitui a aprovada em 2012 por uma maioria islamita, e que foi suspensa pelos militares após o golpe de Estado contra o presidente Mohammed Mursi em julho do ano passado.

O texto rebaixa o tom islamita da anterior Carta Magna e reforça o papel das Forças Armadas, que poderão designar o ministro da Defesa durante os próximos oito anos.

*Com Efe




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