O papa Francisco anunciou nesta quarta-feira (15/01) que foram substituídos quatro de cinco cardeais responsáveis pela supervisão do Instituto de Obras para a Religião (IOR), conhecido como banco do Vaticano. O órgão esteve, nos últimos anos, envolvido em denúncias de lavagem de dinheiro.

Entre os que foram substituídos, está o arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, que chegou a ser cotado como um dos possíveis sucessores do hoje papa emérito Bento XV no conclave que elegeu Francisco. Além dele, saem do conselho os italianos Tarciso Bertone (considerado o braço direito de Bento) e Domenico Calcagno e o indiano Telesphore Toppo. Permanece, no entanto, o cardeal francês Jean-Louis Tauran.

A substituição foi feita pouco antes do fim do mandato dos membros da comissão.

Para os postos vagos, foram nomeados o secretário de Estado do Vaticano, o italiano Pietro Parolin, o cardeal canadense Christopher Collins, o austríaco Cristoph Schönborn e o espanhol Santos Abril y Castelló.

A comissão de supervisão do IOR é responsável por acompanhar as atividades econômicas e jurídicas do órgão e uma reforma no banco do Vaticano sempre foi considerada uma prioridade pelo papa Francisco, que pede “transparência” nas ações das instituições do país.