Cinemateca exibe mostra "Cinema Brasileiro Contemporâneo"

Serão exibidos fitas premiadas, além de um filme inédito

Por CartaCapital
Terça-feira, 14 de janeiro de 2014


A partir de 17 de janeiro, a Cinemateca Brasileira, em São Paulo, apresenta a mostra Cinema Brasileiro Contemporâneo. Os filmes apresentados traçam um panorama da produção cinematográfica mais recente do País. Serão exibidos documentários, longas e curta-metragens.

Obras como "O Som ao Redor", de Kleber Mendonça Filho, e "Doméstica", de Gabriel Mascaro, serão exibidas, além da produção "O sol nos meus olhos", de Flora Dias e Juruna Mallon, inédito no circuito comercial. Alguns diretores participarão das sessões dos seus filmes para diálogo com o público após a apresentação.

A entrada é gratuita. O endereço da Cinemateca é Largo Senador Raul Cardoso, 207, próximo ao Metrô Vila Mariana. Para outras informações, o telefone é (11) 3512-6111.

Confira a programação:

17.01 | SEXTA

18h00| A CIDADE É UMA SÓ?

Brasília, 2013, digital, cor, 73’, Documentário. Dir.: Adriley Queirós

Reflexão sobre os 50 anos de Brasília, tendo como foco a discussão sobre o processo permanente de exclusão territorial e social que uma parcela considerável da população do Distrito Federal e do Entorno sofre, e de como essas pessoas restabelecem a ordem social através do cotidiano.

Prêmios: 15ª Mostra de cinema de Tiradentes (Prêmio de Melhor Filme pela Crítica)

20h00| ESSE AMOR QUE NOS CONSOME

Rio de Janeiro, 2013, digital, cor, 80’, Ficção. Dir.: Allan Ribeiro

Esse Amor que nos Consome é um filme híbrido, que mistura as linguagens de ficção e documentário. O elenco é formado por integrantes da Companhia Rubens Barbot, o mais antigo grupo afro-brasileiro de dança contemporânea.


18.01 |SÁBADO

17h30 | O SOM AO REDOR

Recife, 2013, 35mm, cor, 131’, Ficção – exibição em dcp Dir.: Kleber Mendonça Filho

A vida numa rua de classe-média na zona sul do Recife toma um rumo inesperado após a chegada de uma milícia que oferece a paz de espírito da segurança particular. A presença desses homens traz tranquilidade para alguns, e tensão para outros, numa comunidade que parece temer muita coisa.

Prêmios:Festival de Cinema de Gramado (prêmio da crítica, prêmio do júri popular, prêmio de melhor desenho de som).

Festival do Rio (Première Brasil, Prêmio de Melhor Filme e Melhor Roteiro.)

20h00 | GIRIMUNHO

Minas Gerais, 2011, digital, cor, 90’, Ficção. Dir.: Helvécio Marins Jr. e Clarissa Campolina

No sertão mineiro, onde o tempo parece andar ao ritmo do rio, duas senhoras acompanham o girar do redemoinho. Bastú acaba de perder o marido Feliciano e sem choro busca abrigo nos sinais do dia a dia e em suas lembranças. Mas é na liberdade dos sonhos e nas novidades trazidas pelos netos que ela faz sua própria transformação. Maria carrega em seu tambor a alegria e força de seu povo. Seu batuque ecoa os sons de outros lugares e marca a presença daquilo que não pode morrer. Neste universo onde a tradição é surpreeendida pela novidade e a realidade pela invenção, pequenos movimentos podem fantasiar o correr da vida.


19.01 | DOMINGO

17h00 | AS HIPER MULHERES

Mato Grosso, 2012, digital, cor, 80’, Documentário. Dir.: Carlos Fausto, Leonardo Sette, Takumã Kuikuro.

Temendo a morte da esposa idosa, um velho pede que seu sobrinho realize o Jamurikumalu, o maior ritual feminino do Alto Xingu (MT), para que ela possa cantar uma última vez.

19h00 | O SOL NOS MEUS OLHOS.

Rio de Janeiro, 2013, digital, cor, 68`. Ficção. Dir. Flora Dias e Juruna Mallon

Um homem chega em casa do trabalho e encontra sua mulher morta. Em um surto silencioso toma o corpo dela e parte em uma viagem.


23.01| QUINTA

18h00| DESASSOSEGO (FILME DAS MARAVILHAS)

Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Ceará, 2011, 35mm, cor, 63`, Ficção Dir.: Karim Ainouz, Felipe Bragança, Marina Meliande, Ivo Lopes Araujo, Carolina Durao, Andrea Capella,Gustavo Bragança, Marco Dutra, Juliana Rojas, Helvécio Marins, Clarissa Campolina, Raphael Mesquita, Leonardo Levis, Caet.

A partir de uma carta escrita inspirada em um bilhete encontrado em um armário abandonado por uma menina de 16 anos, 14 cineastas dirigiram 10 fragmentos de filmes, que foram costurados como uma carta-filme de 63 minutos, falando de amor, utopia, explosões e apocalipse.

20h00| OS RESIDENTES

Minas Gerais, 2010, 35mm, 120`, Ficção. Dir.: Tiago Mata Machado

Instalados em uma nova zona autônoma temporária, os residentes passam os seus dias entre pequenos complôs lunáticos, farsas quixotescas e delírios rimbaudianos. Órfãos de um século que quis moldar o homem novo e não fez senão destruir o antigo, os residentes resistem em seu auto exílio, às margens de um mundo perdido para a poesia. Decretada a Igualdade dos Amigos, o grupo se lança em uma última experiência do excesso, uma operação de choque teórica urdida entre quatro paredes. Política do avestruz ou farsa pura e simples, eles parecem viver até o fim o luto da tão solenemente anunciada morte das vanguardas.

Prêmios
43ª Festival de Brasília de Cinema Brasileiro (Melhor Atriz, Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Fotografia, Melhor Trilha Sonora).
14ª Mostra de Cinema de Tiradentes (Melhor Filme - Prêmio Oficial do Júri e Prêmio Oficial do Júri Jovem).


24.01 |SEXTA

18h00| PACIFIC

Pernambuco, 2009, Digital, cor, 72`, Documentário. Dir.: Marcelo Pedroso

Uma viagem de sonho em um cruzeiro rumo a Fernando de Noronha. As lentes dos passageiros captam tudo a todo instante. E eles se divertem, brincam, vão a noitadas. Desfrutam de seu ideal de conforto e bem-estar. E, a cada dia, aproximam-se mais do tão sonhado paraíso tropical...

Prêmios: 4ª Panorama Coisa de Cinema de Salvador (Melhor filme – Júri oficial e Júri Jovem)

20h00| DOMÉSTICA

São Paulo, 2013, digital, cor, 65’, Documentário. Dir. Gabriel Mascaro

Documentário sobre o choque da intimidade, as relações de poder e a performance do cotidiano, o filme lança um olhar contemporâneo sobre o trabalho doméstico no ambiente familiar e se transforma num potente ensaio sobre afeto e trabalho.


25.01 | SÁBADO

18h00| TRABALHAR CANSA

São Paulo, 2011, 35mm, cor, 99` Dir. Juliana Rojas e Marco Dutra

Dona de casa empreendedora decide abrir um mercadinho e contrata uma empregada que trate das coisas da casa, para que ela possa trabalhar. Tudo corre bem até o momento em que seu marido perde o emprego. A partir daí, fatos misteriosos começam a atormentar o cotidiano da família. Longa-metragem de estreia dos jovens realizadores Marco Dutra e Juliana Rojas. Flertando com o cinema de horror, Trabalhar cansa foi exibido na seção “Um certo olhar” do Festival de Cannes de 2011.

20h00| EVA NIL CEM ANOS SEM FILMES | O QUE SE MOVE.

São Paulo, 2009, digital, cor, 13` Dir. João Marcos de Almeida

Elenco: Daiane Martins, Eduardo Gomes, Gilda Nomacce, Caetano Gotardo, Carlos Roberto de Souza

Ensaio videográfico em homenagem ao centenário de Eva Nil, a primeira estrela do cinema brasileiro.


26.01| DOMINGO

17h00 | ESTRADA PARA YTHACA

Ceará,2010, Digital, 70`, Ficção. Dir.:Guto Parente, Luiz Pretti, Pedro Diógenes, Ricardo Pretti

"Mantenha sempre Ythaca em sua mente.Chegar lá é sua meta final,Mas não tenha pressa na viagem.Melhor que dure vários anos;E ancore na ilha quando você estiver velho,com todas as riquezas que você tiver adquirido no caminho,sem esperar que Ythaca irá enriquecê-lo.Ythaca terá lhe dado a linda viagem.Sem ela você nunca teria partido,E ela não poderia dar-lhe mais…Tão sábio que serás, com todo conhecimento,terás entendido o que significa Ythaca."[Konstantínos Kaváfis]

Prêmios: 13ª Mostra de Cinema de Tiradentes (Melhor Filme – Júri da Crítica e Júri Jovem) e 20º Cine Ceará – Festival Ibero-Americano de Cinema (Melhor Trilha Original)

19h00 | A FUGA DA MULHER GORILA

Rio de Janeiro, 2009, Digital, cor, 82`, Ficção. Dir.: Felipe Bragança e Marina Meliande

Duas irmãs pegam a estrada de kombi, recolhem ator que deseja conhecer o Rio de Janeiro, organizam show mambembe no qual se transformam em gorila e ameaçam a plateia – o oceano, símbolo do infinito, motiva-as a se lançarem na busca, a desbravarem o caminho, mesmo que ele seja inalcançável. O filme de Felipe Bragança e Marina Meliande pulsa sobre o tênue limite entre a aventura e a melancolia, em virtude da impossibilidade de se concluir a jornada.

Prêmios: 12ª Mostra de Tiradentes ( Prêmio de Melhor Filme pelo Júri da Crítica e Júri Jovem)




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