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Controverso líder político, Ariel Sharon é enterrado em Israel
Faixa de Gaza lança dois projéteis após funeral militar, afirma exército israelense
Segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
Morto aos 85 anos no último sábado (11/01), o ex-primeiro ministro israelense Ariel Sharon foi enterrado nesta segunda-feira (13/ 01), às 14h locais (10h de Brasília), na fazenda de sua família, na região sul de Israel.
Após o sepultamento, dois projéteis foram disparados da Faixa de Gaza, de acordo com uma porta-voz do exército israelense. A imprensa local afirma que ambos caíram nas redondezas de Sderot, cidade próxima à propriedade em que o enterro foi realizado.
Durante a cerimônia de homenagem, estavam presentes personalidades internacionais, como o vice-presidente norte-americano, Joe Biden, e o ex-primeiro ministro britânico Tony Blair. Além das autoridades estrangeiras, cerca de 20.000 civis israelenses visitaram seu caixão, exposto em frente ao Parlamento, no último domingo (12/01).
Há oito anos em coma após sofrer um grave derrame cerebral, o ex-premiê foi “um homem complexo que viveu em uma época complexa e em uma vizinhança complexa”, sintetizou Biden, segundo a agência AFP.
Alvo de polêmicas, Sharon foi conhecido por sua carreira militar inflexível, tido como herói por uns e inimigo por outros. Nacionalista fervoroso, ele ganhou nome pelo seu desempenho na Guerra do Yom Kippur (1973), pela sua invasão como ministro da defesa ao Líbano (1982) e pelas suas ações como premiê, marcadas por violações aos direitos humanos do povo palestino.
Ao passo que o atual primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, comprometeu-se a dar continuidade aos princípios do seu antecessor, palestinos, provenientes da Faixa de Gaza, da Cisjordânia e de campos de refugiados no Líbano, comemoraram a morte de Sharon e lamentam que o estadista não fora julgado pelos crimes cometidos.