
Julgamento de Mohammed Mursi é adiado para 1º de fevereiro
Por conta do mau tempo, helicóptero do presidente deposto do Egito não conseguiu decolar de Alexandria para o Cairo
Quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
O julgamento do presidente deposto do Egito, Mohammed Mursi, foi adiado para o dia 1º de fevereiro após ele não ter comparecido à audiência marcada para esta terça-feira (08/01), em decorrência do mau tempo – que impediu que o helicóptero que o levaria de Alexandria até o Cairo decolasse.
Além de Mursi, serão julgados outros quatorze dirigentes da Irmandade Muçulmana, entre os quais o vice-presidente do Partido Liberdade e Justiça (PLJ) - braço político da Irmandade -, Esam el Arian, e um dos membros de seu Executivo, Mohammed Beltagui. Eles, que estão presos no Cairo, chegaram de carro ao local do julgamento – quando foram informados do adiamento.
Todos eles são acusados por suposto envolvimento na morte de manifestantes e nos incidentes ocorridos nos arredores do palácio presidencial de Itihadiya em 5 de dezembro de 2012.
Não se trata do único caso pelo qual está sendo julgado Mursi, que deverá responder também perante a justiça por revelar informação secreta para países e organizações estrangeiras, como o Hamas, e por fugir da prisão em janeiro de 2011. Por este último caso, o ex-presidente egípcio será julgado, junto a outras 130 pessoas, em 28 de janeiro.
O Ministério do Interior iniciou um plano de segurança que inclui o desdobramento de milhares de policiais em torno ao local do julgamento, onde também estão sendo realizados a audiências do caso do ex-presidente Hosni Mubarak, e em todas as estradas de acesso.
Confrontos
Apesar do aparato policial, as manifestações continuam em diferentes cidades do Egito. No bairro de Cidade Nasser, no Cairo, os simpatizantes de Mursi incendiaram um veículo policial, segundo fontes de segurança, depois que agentes antidistúrbios os impediram de seguir para uma marcha que iria para a Academia de Polícia.
Em Asiut, um policial ficou ferido e onze estudantes foram detidos após enfrentamentos na sede da universidade de Al-Azhar, segundo a televisão estatal.
*Com Efe