O resultado sobre o 3º trimestre do ano anterior apontou crescimento de 2,2%. Já sobre o trimestre imediatamente anterior (2º trimestre de 2013), houve crescimento negativo de - 0,5%.

Se um cidadão disser que o PIB cresceu, estará falando a verdade, mas se outro disser que o PIB caiu, também não estará mentindo. É uma situação similar à do otimista, que ao olhar um copo com água (ou chopp) pela metade, dirá que está quase cheio, e outro, pessimista, que dirá que está quase vazio. E ambos estarão certos. No caso da avaliação do PIB, a variação decorre da simpatia ou antipatia do analista pela política macroeconômica do governo, ou mesmo, pelo governo.

Para tentarmos imaginar como vai fechar 2013 e não ficarmos em análises casuísticas, devemos observar o que ocorreu no acumulado dos três primeiros trimestres e o que já está ocorrendo no trimestre atual.

No período janeiro a setembro de 2013, o PIB brasileiro cresceu 2,4%. A expansão, felizmente, está fortemente ancorada nos investimentos, que cresceu 6,5% sobre os três primeiros trimestres de 2012, seguida pelo consumo das famílias, que cresceu 2,4% e pelo consumo do governo, que aumentou 1,8%.

O ritmo de crescimento mais aquecido da economia neste último trimestre do ano, segundo diversos indicadores, permite estimar que o PIB brasileiro fechará 2013 com expansão entre 2,4% e 2,6%. Na conjuntura atual, tal crescimento só é diminuto se comparado à expansão da China, mas em relação à China, todo o resto do mundo perde feio.

Não se deve esquecer que tal crescimento significa que o país estará agregando quase R$ 120 bilhões ao que o país produziu em 2012, valor nada desprezível em tempos de crise econômica mundial, exceto, claro, para os pessimistas de plantão.

*Júlio Miragaya é conselheiro do Cofecon, presidente da Codeplan e membro do PT/DF