Polícia do Camboja reprime trabalhadores durante protesto por melhores salários

ONGs de direitos humanos afirmam que pelo menos 4 pessoas morreram nas manifestações desta sexta-feira (03/01)

Por Opera Mundi
Sexta-feira, 3 de janeiro de 2014


A polícia militar do Camboja abriu fogo contra trabalhadores na zona industrial de Phnom Penh durante uma manifestação por melhores salários, nesta sexta-feira (03/01). A região tem diversas fábricas e confecções de vestuário. Este é o segundo dia de mobilizações, que combinam greve com atos públicos.

O parque industrial Canadia, onde os protestos se concentraram, tem diversas fábricas que distribuem produtos para marcas ocidentais, como Adidas, Puma e H&M.

Segundo reportou a agência Reuters, os policiais começaram atiraram contra os manifestantes para tentar conter a multidão, que se recusou a interromper o ato. Testemunhas afirmam que é possível encontrar diversas cápsulas de balas de rifle no local.

Organizações de direitos humanos afirmam que além das quatro mortes, outras 21 pessoas então hospitalizadas com ferimentos.

O movimento de oposição Cambodia National Rescue Party (CNRP) já apresentou apoio aos trabalhados e tem participado das manifestações, que podem gerar uma grave crise política no país.

Sindicatos pedem que o governo aumente o limite do salário mínimo nas fábricas, que hoje é de US$ 100 por mês. A administração atual recusou a demanda dos trabalhadores e pediu que as fábricas sejam reabertas para evitar desperdícios e perdas na indústria têxtil, que fatura US$ 5 bilhões por ano no país.




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