A CUT São Paulo realizou nos dias 16 e 17 de dezembro o balanço avaliativo das atividades promovidas pela Central em 2013. A direção plena, executiva, coordenadores de subsedes e a assessoria política atualizaram o projeto organizativo deste ano e debateram ações para 2014.

O encontro ocorreu no Instituto Cajamar, centro de formação político-sindical criado pela CUT nos anos 1980 e administrado hoje por uma cooperativa de ex-funcionários.

No campo da política sindical, a CUT/SP cresceu com a filiação de 21 sindicatos em todos os ramos. Os destaques podem ser dados para a conquista do Sindicato dos Servidores Municipais de Franca e Matão; Rodoviários de Matão e Metalúrgicos de Mogi-Guaçu. Na capital, a Central não perdeu nenhum sindicato nas eleições que foram disputadas neste ano. Ao todo, foram acompanhadas e apoiadas quase cem eleições sindicais.

O calendário de atividades para 2014 foi aprovado e tem entre as atividades a Plenária Estatutária da CUT/SP, que será nos dias 28, 29 e 30 de maio, com o objetivo de debater os processos que serão levados aos congressos Estadual (CECUT) e Nacional da CUT (CONCUT) em 2015. A Plenária Nacional será entre 31 de julho e 2 de agosto do próximo ano.

Na disputa pela hegemonia no Estado de SP, um dos eixos definidos no planejamento 2012-2015, a Central se engajou nas eleições municipais do ano passado em todas as regiões do Estado, por meio da criação de comitês sindicais, com a vitória de diversos candidatos efetivamente comprometidos com o projeto cutista.

Para 2014, foi ressaltada a importância de aprofundar a representação da classe trabalhadora nos espaços de poder, aumentando a bancada na Assembleia Legislativa paulista. E, sobretudo, conquistar o governo estadual paulista, que há 20 anos deixa a população refém do atraso liderado pelo PSDB - sem contar os casos de desvio de dinheiro público envolvendo centenas de contratos (saiba mais clicando aqui)

Participação, formação e trabalho decente – A CUT/SP esteve presente nas conferências preparatórias da Educação, Saúde e Promoção da Igualdade Racial, fortalecendo seu papel nos espaços de participação popular e elaboração de políticas públicas.


A participação de dirigentes e lideranças cutistas em conselhos de políticas públicas cresceu e, para atender a essa demanda, a CUT/SP promoveu formação com o curso de Desenvolvimento de Políticas Públicas e Ação Regional (DPPAR). O mesmo crescimento é observado na articulação junto aos movimentos sociais, com a construção de agendas e mobilizações conjuntas em todo o Estado de SP.

Na preparação e capacitação de lideranças, foram realizados cursos de Formação de Formadores (FF), Organização e Representação Sindical de Base (ORSB) e de formação de jovens dirigentes, além do Encontro Estadual de Formação (Enesfor), entre outros, com participação expressiva das Subsedes cutistas.

No ano de 2013, a questão do trabalho decente foi bastante relevante e alvo de diversas mobilizações contra a aprovação do Projeto de Lei 4330/04, de autoria do deputado federal Sandro Mabel (PMDB-GO), que visa liberar as terceirizações e enterrar direitos conquistados pelos trabalhadores/as como a CLT. Nesse enfrentamento, a CUT/SP também se engajou como membro da Comissão Estadual de Emprego e Trabalho Decente.

A migração internacional de trabalhadores/as foi tema de seminário, em parceria com Secretaria Nacional de Relações Internacionais (SRI) da CUT, com lançamento de cartilha em defesa de proteção social dos migrantes no Brasil.

Para implementação da paridade de gênero na CUT/SP, foram promovidas várias atividades tais como criação de novos coletivos de mulheres; campanhas de filiação de trabalhadoras; a participação feminina na política; debates sobre autonomia e igualdade na vida e no mundo do trabalho.

Na luta pela aplicação da Lei Maria da Penha, a Central promoveu a realização da Caravana “Por Autonomia e Igualdade: Luta contra a Violência à Mulher”, que passou por 13 Subsedes e terminou com ato solene na capital, com a presença da ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM/PR), Eleonora Menicucci, e da secretária municipal de Políticas para as Mulheres de São Paulo, Denise Motta Dau.

Políticas sociais e combate ao racismo - No combate ao racismo, a Central realizou encontros e debates em maio na Semana da Liberdade, numa parceria com o Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba e a Subsede do Vale do Paraíba. Foram criados novos coletivos ao longo do ano e o mês de novembro foi dedicado a debates, oficinas e intervenções culturais com o intuito de ampliar a discussão sobre as questões raciais junto à classe trabalhadora.

O 3º Encontro Estadual LGBT e o 3º Encontro Estadual da Pessoa com Deficiência, com eleições para nova coordenação em ambos, bem como a participação do trio elétrico da CUT/SP na 17ª Parada do Orgulho LGBT, estão entre as atividades voltadas às políticas sociais da Central. Como ação permanente, promoveu debates, criação de coletivos e garantiu a inclusão de cláusulas voltadas a esses trabalhadores/as nas campanhas salariais e acordos coletivos do setor público e privado.

A CUT-SP passou a integrar, ainda, o Grupo de Trabalho "Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical", da Comissão Nacional da Verdade, para investigar os casos de violência, tortura, assassinatos e desaparecimentos contra a classe trabalhadora durante o regime militar.

Imprensa e cidadania - Na comunicação, o destaque é para a relevância das redes sociais na divulgação de informações e, sobretudo, na mobilização e militância virtuais. Graças ao efeito viral, que considera a visualização e compartilhamento de conteúdos não só na rede direta, mas envolvendo também os amigos dos seguidores, a fan page da CUT/SP alcançou quase 7 milhões de internautas pelo Facebook, considerando apenas o segundo semestre de 2013.

No site, houve crescimento de 114% no total de acessos, com mais de 207 mil visitas e 431 mil visualizações de página. Durante todo o período, a Central também fomentou o debate sobre o marco regulatório da comunicação, com realização de encontros nas subsedes e campanha de coleta de assinaturas ao Projeto de Lei de Iniciativa Popular para o setor.

Serviços gratuitos de cidadania, saúde, beleza, lazer e shows foram prestados à população em diversas cidades paulistas por meio do CUT Cidadã, que teve público com mais de 50 mil pessoas. Foram três edições em 2013 com os temas Juventude, em Osasco; Criança, em Santo André e Consciência Negra, em Mauá.

1º de maio – “Comunicação: Desafio do Século” será o tema do próximo Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, com o intuito de debater a democratização da mídia e abordar a comunicação como um direito humano (saiba mais em CUT/SP debaterá os desafios da comunicação no 1º de Maio de 2014).

O ano de 2014 marcará, ainda, a realização de evento em comemoração aos 30 anos de lutas e conquistas da CUT/SP, a primeira Estadual criada pela Central no país.