Câmara: Luiz Couto lê da tribuna mensagem com “duras” críticas ao ministro Joaquim Barbosa

O escritor, segundo Couto, é ativista dos direitos humanos e autor de várias obras, entre elas, “A República das Elites”, “A Ditadura dos Generais” e “O Fenômeno Humano”

Por Benildes Rodrigues, PT Câmara
Segunda-feira, 23 de dezembro de 2013


O deputado Luiz Couto (PT-PB) discursou na tribuna da Câmara, na última sexta-feira (20), para dar conhecimento a uma mensagem com criticas duras e contundentes, redigida pelo escritor e ex-deputado federal Constituinte, Agassiz Almeida, ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa. O texto denuncia o espetáculo mediático no qual se transformou o julgamento da Ação Penal 470 e cobra responsabilidade da Suprema Corte.

“Desde o nosso período colonial, o povo brasileiro sofre duas formas cruéis de opressão no seu processo de desenvolvimento: a espoliação por uma elite egoísta e excludente e, recentemente, nas últimas décadas, vê-se manipulado por espetáculos circenses nos quais se dão as mãos a hipocrisia, o cinismo e a avidez pelas manchetes midiáticas”, diz trecho da mensagem lida por Luiz Couto.

O escritor, segundo Couto, é ativista dos direitos humanos e autor de várias obras, entre elas, “A República das Elites”, “A Ditadura dos Generais” e “O Fenômeno Humano”. Couto frisou que Agassiz Almeida é reconhecido pela crítica como um dos grandes ensaístas do País. “Registro a mensagem desse paraibano que é uma referência e que muito nos honra como ex-parlamentar desta Casa”, ressaltou.

Outro trecho reportado pelo petista questiona: “O que assistimos hoje? Como há dois mil anos, nas arenas do Coliseu romano, expõem-se acusados, acunhados de os condenados do mensalão, à execração da opinião pública, num monumental anfiteatro comandado por magistrados transvestidos de Catão incorruptível e, remontando aos idos tempos, em verdadeiros sobas africanos”.

O conteúdo da mensagem destinada ao Ministro Joaquim Barbosa diz ainda: “Que não fique, senhor ministro, na consciência do povo brasileiro a frustação melancólica de que mais um espetáculo circense foi montado” e acrescenta: “A mais condenável ação de um dirigente do poder é arrastar às fronteiras do engodo a consciência de um povo”.




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