Homicídios e Juventude no Brasil apresenta diagnóstico da violência contra jovens

É com grande satisfação que a Secretaria-Geral da Presidência da República, a Secretaria Nacional de Juventude e a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial promovem a publicação do Mapa da Violência: Homicídios e Juventude no Brasil

Por Severine Carmem Macedo
Terça-feira, 17 de dezembro de 2013



O trabalho desenvolvido pelo Professor Julio Jacobo Waiselfisz oferece importante diagnóstico da violência contra os jovens brasileiros, subsidiando o trabalho de gestores de políticas públicas, parlamentares, governantes, profissionais de segurança pública e instituições de pesquisa nacionais e internacionais na formulação de políticas de enfrentamento à violência contra a juventude.

Como mostra o diagnóstico, os homicídios são hoje a principal causa de morte de jovens de 15 a 24 anos no Brasil e atingem especialmente jovens negros do sexo masculino, moradores das periferias e áreas metropolitanas dos centros urbanos. Dados do SIM/DATASUS do Ministério da Saúde mostram que mais da metade dos 52.198 mortos por homicídios em 2011 no Brasil eram jovens (27.471, equivalente a 52,63%), dos quais 71,44% negros (pretos e pardos) e 93,03% do sexo masculino.

Por essa razão, os homicídios de jovens representam uma questão nacional de saúde pública, além de grave violação aos direitos humanos, refletindo-se no sofrimento silencioso e insuperável de milhares de mães, pais, irmãos e comunidades. A violência impede que parte significativa dos jovens brasileiros usufrua dos avanços sociais e econômicos alcançados na última década e revela um inesgotável potencial de talentos perdidos para o desenvolvimento do País.

A exposição deste segmento a situações cotidianas de violência evidencia uma imbricação dinâmica entre aspectos estruturantes, relacionados às causas socioeconômicas, e processos ideológicos e culturais, oriundos de representações negativas acerca da população negra.

Em resposta ao problema da violência contra a Juventude, em setembro de 2012, o Governo Federal lançou o Plano Juventude Viva, uma iniciativa que busca ampliar direitos e prevenir a violência que atinge a juventude brasileira. O Plano constitui-se como oportunidade inédita de diálogo e articulação entre ministérios, municípios, estados e sociedade civil no enfrentamento da violência, em especial àquela exercida sobre os jovens negros, e na promoção da inclusão social de jovens em territórios atingidos pelos mais altos índices de vulnerabilidade.

A partir da priorização dos estados com os mais altos índices de homicídio que afetam especialmente jovens negros e pobres, o desenvolvimento do Plano Juventude Viva segue estratégia de implementação gradual e progressiva, com o objetivo de atuar de forma coordenada, por meio de pactuação com o poder público e sociedade civil local, nos 132 municípios brasileiros, que concentraram, em 2010, 70% dos homicídios contra jovens negros. Considerando os dados de homicídios de 2011, 10 novos municípios passaram a integrar a lista, totalizando 142 municípios prioritários para a implementação da estratégia Juventude Viva.

Uma das formas de prevenir e combater a violência contra os jovens é dar visibilidade e disseminar informações sobre o problema, que permitam orientar os esforços das três esferas de governo e da sociedade civil. Esse é essencialmente o objetivo do Juventude Viva ao promover a publicação do Mapa da Violência.

*Severine Carmem Macedo é secretária Nacional de Juventude da Presidência da República




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