Que aperto de mão de Obama e Raúl “seja princípio do fim da agressão dos EUA a Cuba”, diz site cubano

Cubadebate destacou cumprimento entre os dois mandatários, que se encontraram no funeral de Mandela, em Johanesburgo

Por Opera Mundi, com Efe
Terça-feira, 10 de dezembro de 2013


O site Cubadebate, um dos maiores de Cuba, destacou o aperto de mão entre o presidente do país, Raúl Castro, com o chefe de Estado dos EUA, Barack Obama, que aconteceu nesta terça-feira (10/12) em Johanesburgo. Os dois se encontraram durante a cerimônia em homenagem ao líder sul-africano Nelson Mandela, morto na semana passada.

Exibindo a foto dos dois e citando uma conta do Twitter, o site, mantido pelo Círculo de Jornalistas Cubanos contra o Terrorismo, afirmou, na legenda: “Obama e Raúl se saúdam no funeral de Mandela: que este gesto seja o princípio do fim da agressão dos EUA a Cuba”.

O aperto de mão entre Raúl e Obama foi notícia nos principais portais ao redor do mundo. Desde 1962, os EUA impõem um duro embargo político e econômico contra a ilha caribenha, governada desde 1959 por um governo socialista.

Em entrevista à rádio colombiana La F.M., Raúl qualificou como “normal” e “civilizado” o aperto de mãos. “Normal, somos civilizados. Você ouviu meu discurso? Obedece a isso”, disse.

Ao ser perguntado sobre o impacto midiático da imagem, Raúl foi direto. “Me disseram algo disso”, afirmou.

A Casa Branca afirmou que o cumprimento não havia sido previamente planejado.

A última vez que dirigentes dos dois países se cumprimentaram foi em 2000, quando Bill Clinton e Fidel Castro participaram da Cúpula do Milênio da ONU, em Nova York. Eles conversaram por alguns minutos, fato que, na ocasião, interrompeu quatro décadas de poucas relações entre mandatários de Cuba e EUA.

Raúl, que recebeu aplausos ao chegar ao estádio Soccer City – onde aconteceu a cerimônia – foi um dos líderes mundiais a discursar. Além dele, o próprio Obama, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, vice-presidente chinês, Li Yuanchao, e o presidente indiano, Pranab Mukherjee, falaram na homenagem.

Discurso

No discurso, Raúl afirmou que Mandela era um "exemplo de integridade e perseverança". "Ao lado de seus companheiros de luta, dirigiu seu povo na batalha contra o apartheid, para abrir o caminho a uma nova África do Sul, não racista e unida na busca da felicidade, igualdade e bem estar de todo seus filhos", disse.

"Mandela é um exemplo insuperável para a América Latina e o Caribe, que avançam em direção à unidade e à integração, em benefício de seus povos, respeitosos de sua diversidade, pela convicção de que o diálogo e a cooperação são o caminho para a solução das diferenças, a convivência civilizada de quem pensa diferente", afirmou Raúl.




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