
Alesp: Secretário cobra apoio do governo do Estado ao Mais Médicos
A maioria das regiões fica num patamar bem abaixo desse índice, como o Vale do Ribeira
Terça-feira, 10 de dezembro de 2013
Eu reunião da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, presidida pela deputada Telma de Souza, que aconteceu nesta terça-feira (10/12), o secretário de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde, do Ministério da Saúde, Mozart Sales, pediu mais apoio do governo do Estado para o Programa Mais Médicos. “Gostaríamos que a secretaria estadual fosse mais parceira. O coordenador estadual não pode apenas constar na lista. O programa é federal, mas precisa do apoio e da parceria dos estados e municípios”, afirmou Mozart.
Hoje, o Brasil tem 1,8 médico por mil habitantes, taxa bem inferior a de outros países como Argentina (3,2), Uruguai (3,7), Portugal (3,0), Espanha (4).
Segundo Mozart, essa situação é fruto de uma política que não olhava para as necessidades numéricas, de distribuição ou de especialidades que eram necessárias. Por isso, hoje o governo federal, além de contratar profissionais estrangeiros para trabalhar onde a população mais necessita, está investindo em formação, sempre visando a real necessidade do país. Por meio do Provab (Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica), por exemplo, 4 mil médicos atuam nas periferias com recurso federais.
O programa ainda prevê mais e melhores equipamentos de saúde, reordenação da oferta dos cursos de medicina e mais vagas em residência em especialidades prioritárias, como pediatria.
São Paulo tem hoje 2,38 médicos para cada mil habitantes, com forte concentração na região metropolitana. A maioria das regiões fica num patamar bem abaixo desse índice, como o Vale do Ribeira.
381 municípios aderiram ao programa Mais Médicos. São 2.498 médicos demandados e 574 médicos já alocados no Estado.
Os deputados Edinho Silva, Marcos Martins e Gerson Bittencourt falaram sobre a resistência que as entidades médicas tiveram com relação ao Programa e à vinda dos médicos estrangeiros, demonstrando todo um conservadorismo. Mozart mostrou que Inglaterra tem 37% dos seus médicos formados fora do país, os Estados Unidos têm 25% e o Brasil tem apenas 1,79%.
“A demanda existe, tanto que quase todos os municípios brasileiros aderiram”, afirmou o secretário, que ainda falou sobre pesquisa recente da CNT (Confederação Nacional dos Transportes) que apontou que 84,3% da população brasileira aprovam o Mais Médicos.