Secretaria Agrária Nacional do PT começa a preparar o Ano Internacional da Agricultura Familiar

“Desafio é construir uma agricultura ecologicamente correta, economicamente viável e socialmente justa”, diz o Secretário Nacional, Bohn Gass

Por Secretaria Agrária Nacional do PT
Quinta-feira, 5 de dezembro de 2013


A Secretaria Agrária Nacional do Partido dos Trabalhadores realizou, na quarta-feira (4), em Brasília, painel sobre os avanços e desafios do desenvolvimento rural sustentável e as ações que vão ser realizadas em 2014 , Ano Internacional da Agricultura Familiar.

O Secretário Agrário Nacional, deputado federal pelo Rio Grande do Sul, Elvino Bohn Gass ressaltou que com as políticas desenvolvidas pelos governos do PT, com Lula e Dilma, a agricultura familiar brasileira alcançou o respeito e o reconhecimento social que sempre mereceu.

“A história da agricultura familiar em nosso país é uma antes de Lula e Dilma, e outra com eles. Avançamos muito. Agora, temos o desafio de ir além. A Secretaria Agrária Nacional do PT é um espaço de contribuição potente para o aperfeiçoamento e a qualificação das políticas públicas. Fundamentalmente, nosso trabalho é na busca das condições para aprofundar a mudança que iniciamos do campo e de um novo modelo que seja ecologicamente sustentável, economicamente viável e socialmente justo”, disse Bohn Gass “sem perder de vista a reafirmação do papel central da agricultura familiar na produção de alimentos e riquezas culturais”, finalizou.
Como explica Alan Bujanic, representante Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no Brasil, o Ano Internacional da Agricultura Familiar vai servir para a troca de experiências entre países com a realização de diálogos regionais e internacionais. “O grande objetivo da ONU/FAO é o de dar mais visibilidade para a agricultura familiar e incentivar a formulação de políticas públicas que fortaleçam este setor. Buscamos unificar o entendimento do que é agricultura familiar em cada país” afirmou.

Segundo o Coordenador do Núcleo de Estudos Agrários do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Roberto Nascimento, a 2ª Conferência de Desenvolvimento Rural Sustentável, realizada em 2013, demonstrou que há um grande acordo político entre os movimentos sociais e o governo para a construção do Plano de Desenvolvimento Rural Sustentável. “Foi uma demonstração da enorme capacidade que os homens e as mulheres do campo brasileiro têm, de pensar o futuro para o nosso país”. Nascimento destacou o amplo processo de participação popular na construção da 2ª Conferência.

Alessandra Costa, do Comitê Mundial para o Ano Internacional da Agricultura Familiar, manifestou que a decisão da ONU em declarar 2014 como o Ano da Agricultura Familiar foi uma conquista dos movimentos sociais de todo o mundo. “Esta é uma oportunidade única para tirarmos da invisibilidade a agricultura familiar em todo o planeta, ressaltando sua importância para garantia de segurança alimentar”. Alessandra destacou que a aprovação da proposta do Ano Internacional foi a primeira do gênero com resultado unânime no plenário da ONU.

Desenvolvimento agrícola e questão agrária

Durante o painel foi apresentada a publicação da Fundação Perseu Abramo “Desenvolvimento agrícola e questão agrária”, organizada pelo professor Carlos Mielitz. O livro discutido o processo histórico de formação do rural brasileiro com destaque para o protagonismo da agricultura familiar em garantir soberania e segurança alimentar no projeto de desenvolvimento nacional.

Mielitz considera que a publicação auxilia na discussão sobre os avanços e desafios nas políticas públicas para a agricultura familiar e reforma agrária no Brasil. “Este é um livro feito por petistas, para petistas, e nos ajuda a contextualizar o debate sobre a reforma agrária e agricultura familiar em nosso país, articulando a relação entre a questão fundiária e o desenvolvimento econômico”.




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