Começa o I Fórum FPA 2013 – Ideias para o Brasil

“O primeiro passo para mudar a realidade é conhecê-la e é isso que nós estamos buscando aqui”, afirmou Márcio Pochmann, presidente da FPA

Por Fundação Perseu Abramo
Sexta-feira, 29 de novembro de 2013


Com auditório lotado com mais de 400 pessoas, começou nesta sexta-feira, 29, o I Fórum FPA – Ideias para o Brasil. A vice-presidenta da Fundação Perseu Abramo, Iole Ilíada fez a fala de abertura do evento afirmando a necessidade de se aprofundar o projeto petista de nação e de mundo. Fez também um breve relato das conquistas dos governos do PT e dos muitos desafios que ainda se colocam.

Iole também ressaltou que o Fórum é resultado de uma série de estudos inéditos promovidos pela Fundação Perseu Abramo – que estão sendo publicados – que envolveu a participação de quase 400 intelectuais.

O presidente da Fundação Perseu Abramo, Marcio Pochmann exaltou a importância de um Fórum “pensado para ser um espaço entre iguais”. Segundo ele “o primeiro passo para mudar a realidade é conhecê-la e é isso que nós estamos buscando aqui”.

Rui Falcão, presidente reeleito do PT, parabenizou o trabalho dos intelectuais na produção de conhecimento. Também fez referência às manifestações de junho e a ausência de pedido das ruas por novas ideias: “resultado de muitas décadas de desconstrução do pensamento crítico”.

Primeira mesa

A mesa de abertura do I Fórum FPA 2013: Ideias para o Brasil contou com Marilena Chaui, professora de filosofia da USP, Gilmar Carneiro, diretor da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e Karina Buhr, cantora, compositora e ilustradora, discutindo o cenário da conjuntura atual brasileira, tanto os aspectos políticos e sociais, quanto os econômicos e culturais.

Marilena Chaui pautou sua fala em propostas para segmentos do país. Para o governo a filósofa fez seu pedido pela aprovação, no Congresso, dos marcos regulatórios da comunicação e da internet, como forma principal de fortalecimento da democracia brasileira.

Marilena também exigiu a reforma tributária como forma de transformar os programas de governo em políticas de Estado, assegurando a manutenção dos ganhos sociais dos governos do PT.

Gilmar Carneiro reforçou a necessidade de estabelecer os marcos regulatórios e fez uma análise sobre a postura que pensa ser necessária ao PT e à CUT. Segundo ele, o PT “tem de estar à esquerda do governo. A CUT tem de estar à esquerda do PT e os movimentos sociais deveriam estar à esquerda da CUT”. Somente desta forma, ressaltou o sindicalista, será possível avançar nas reformas sociais.

A cantora e compositora Karina Buhr falou da necessidade de avançar nos programas de governo ligados à cultura: “antes de Gilberto Gil não se falava em cultura no país, mas talvez por conta das inúmeras dificuldades em outras áreas, é preciso avançar muito mais”. Karina
também falou da necessidade de se modificar as leis de incentivo que, segundo ela, hoje atendem somente às grandes marcas.

Os presentes tiveram espaço para comentários e perguntas, a grande maioria voltada para temas como ação do PT, reforma política e regulação da mídia, internet, manifestações de julho, regionalismo e cultura local, juventude e imprensa partidária entre outros.

O I Fórum FPA está sendo transmitido ao vivo pela tevêFPA ( www.fpabramo.org.br) e a programação da tarde começa às 14 horas. Veja aqui a programação completa: www.fpabramo.org.br/forum2013




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