IBGE: jovens preferem continuar na casa dos pais
A presença das mulheres entre os brasileiros que nem trabalham, nem estudam, é elevada e cresce com a idade. No grupo entre 15 e 17 anos, 59,6% são do sexo feminino. O índice aumenta para 76,9% entre as pessoas de 25 a 29 anos
Sexta-feira, 29 de novembro de 2013
Morar na casa dos pais aparentemente nunca foi tão confortável. De acordo com a pesquisa divulgada nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2012, no período entre 2002 e 2012, aumentou de 20% para 24% o número de brasileiros com idade entre 25 e 34 anos de idade que ainda vivem na casa dos pais. Cerca de 60% dos jovens nesta condição eram homens e 40%, mulheres.
A “geração canguru” (como é conhecida esta parcela de pessoas entre 25 e 34 anos que moram com os pais) apresenta altas taxas de ocupação, embora um pouco inferiores àquelas observadas para os demais jovens. Eles também têm maior escolaridade média. Em 2012, 14% das pessoas desta faixa etária que não deixaram o lar materno e paterno continuavam estudando, contra 9% para as que saíram de casa.
Além da “geração canguru”, a análise do IBGE também destacou a presença dos jovens "nem-nem" (que nem trabalham, nem estudam) no país. Na semana em que a pesquisa foi feita em 2012, 19,6% das pessoas de 15 a 29 anos se enquadravam neste perfil. Para aqueles entre 15 a 17 anos, a proporção é menor (9,4%). O índice aumenta quando são considerados apenas jovens entre 18 e 24 anos (23,4%).
A presença das mulheres entre os brasileiros que nem trabalham, nem estudam, é elevada e cresce com a idade. No grupo entre 15 e 17 anos, 59,6% são do sexo feminino. O índice aumenta para 76,9% entre as pessoas de 25 a 29 anos.
Mulheres responsáveis por domicílios
A proporção de mulheres como pessoa de referência dos arranjos familiares aumentou de 28% em 2002 para 38% em 2012. No caso dos núcleos formados por casal sem filhos, a proporção de mulheres passou de 6,1% para 18,9%, nos casais com filhos de 4,6 % passou para 19,4%.
De cada 100 mulheres na posição de pessoas de referência ou de cônjuges, aproximadamente 52 declararam estar ocupadas, numa razão semelhante à das mulheres ocupadas de 16 anos ou mais (51,3%). Ou seja, a condição da mulher na família não altera o seu ingresso no mercado de trabalho.