Câmara: Amauri questiona postura de tucanos no caso do escândalo de desvio de recursos em São Paulo

Na avaliação de Amauri Teixeira, esse contraste é acentuado na forma de se acolher e apurar denúncias contra o Erário e a República. “Enquanto o Procurador-Geral Brindeiro agia de forma facciosa, os governos dos Presidentes Lula e Dilma agem de forma republicana, em obediência estrita aos mandamentos de nossa Constituição

Por PT Câmara
Quinta-feira, 28 de novembro de 2013


O deputado Amauri Teixeira (PT-BA) ocupou a Tribuna da Câmara nesta quinta-feira (28) para avaliar o que chamou de “diferença abissal que separa o governo FHC e o modo petista de conduzir os assuntos da Nação Brasileira”. De acordo com o deputado, “o escândalo das denúncias de desvio de recursos públicos do metrô de São Paulo ressuscitou um personagem de triste memória de nossa história: o Procurador-Geral da República do governo FHC, Geraldo Brindeiro, fartamente criticado por sua falta de apetite de colocar corruptos e corruptores na cadeia durante o período que permaneceu à frente daquele órgão, nos anos de 1995 a 2002”.

Na avaliação de Amauri Teixeira, esse contraste é acentuado na forma de se acolher e apurar denúncias contra o Erário e a República. “Enquanto o Procurador-Geral Brindeiro agia de forma facciosa, os governos dos Presidentes Lula e Dilma agem de forma republicana, em obediência estrita aos mandamentos de nossa Constituição. Não se tem notícia de qualquer interferência governamental, de 2003 para cá, em qualquer investigação ou acolhimento de denúncia em órgão direta ou indiretamente ligado ao presidente ou a seus ministros”, disse.

“O próprio Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, reafirmou ontem a continuidade dessa linha de atuação, ao afirmar, em relação ao escândalo das propinas do metrô de São Paulo: A época do engavetador-geral da República já acabou, e não tem nada de disputa política a investigação da Polícia Federal envolvendo as graves denúncias sobre um grande esquema de propina na compra de equipamentos para o metrô de São Paulo”, disse ainda Amauri Teixeira.

“E acrescentou ainda o Ministro da Justiça: É meu dever ético e jurídico encaminhar à Polícia Federal e ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) qualquer denúncia que chegue para mim, não importa contra quem quer que seja, o Ministro tem que pedir investigação, senão é prevaricação”, ressaltou o deputado Amauri Teixeira.

Ainda de acordo com o deputado, o ministro da Justiça é movido pelo senso de justiça que sempre o caracterizou. “No caso de São Paulo, três pontos são inquestionáveis, senão vejamos: o primeiro é que a multinacional Siemens confessou ter atuado em um cartel entre 1998 e 2008,com o objetivo de partilhar obras e elevar o preço das concorrências em São Paulo. Gigantes como a Alstom, a Bombardier, a CAF e a Mitsui teriam integrado o esquema; o segundo é a condenação, na Suíça, de um ex-diretor da CPTM acusado de lavar dinheiro de corrupção; por fim, uma conta atribuída a Robson Marinho, que foi Chefe da Casa Civil do Governo tucano, foi bloqueada no mesmo país por suspeita de ter recebido propina”.

Amauri Teixeira explicou que as investigações do caso Alstom e Siemens começaram em 2004, na Suíça. “Com o acúmulo de provas, a partir de 2008, a Liderança do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo entrou com mais de 15 representações nos Ministérios Públicos Estadual e Federal que denunciavam o direcionamento nas licitações para aquisição e reformas de trens, construção e extensão de linhas metroferroviárias no Estado de São Paulo.

Denunciavam a prática de corrupção, formação de cartel, lavagem de dinheiro, pagamento de propinas a autoridades públicas e prorrogações ilegais de contratos. O Ministério Público alemão condenou a Siemens e apontou o pagamento de propinas de 24,4 milhões para funcionários de alto escalão do Governo do PSDB”.




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