Zarattini quer CPI para investigar denúncias contra tucanos em São Paulo
De acordo com a matéria, o ex-diretor da Siemens disse possuir documentos que comprovam a denúncia e afirmou que o esquema tinha como objetivo abastecer o caixa dois do PSDB e do DEM
Sexta-feira, 22 de novembro de 2013
O deputado Carlos Zarattini (PT-SP) usou a tribuna Câmara na quinta-feira (21) para chamar a atenção para a grave denúncia de corrupção em São Paulo, no período governado pelos tucanos Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra. Zarattini classificou de “gravíssimas” as revelações feitas pelo o ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer que apontou também a participação de parlamentares da Câmara e do Senado no esquema de corrupção.
“Esta Casa não pode ficar omissa frente a isso. É preciso investigar e exigir que o Ministério Público se pronuncie. Nós aqui temos que exercer o nosso papel. Precisamos constituir uma Comissão Parlamentar de Inquérito para que os envolvidos se pronunciem e apresentem suas defesas. Não podemos ver casos como esse continuarem acontecendo no Brasil”, afirmou Zarattini.
O esquema de corrupção foi estampado na edição de quinta-feira do jornal o Estado de S. Paulo. Segundo a reportagem, o ex-dirigente da Siemens entregou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) um relatório que aponta o envolvimento de secretários, governadores e parlamentares no esquema.
De acordo com a matéria, o ex-diretor da Siemens disse possuir documentos que comprovam a denúncia e afirmou que o esquema tinha como objetivo abastecer o caixa dois do PSDB e do DEM.
“É importante que o Ministério Público Federal deixe de guardar as pastas nos lugares errados, nas gavetas erradas, como fez o Rodrigo de Grandis, que escondeu o processo de investigação contra a Alstom para que, efetivamente, nós possamos investigar o que aconteceu no Governo de São Paulo nesses 20 anos. Nós precisamos saber se, efetivamente, houve caixa dois”, defendeu Zarattini.
Segundo Carlos Zarattini, a denúncia feita por Everton Rheinheimer cita os nomes dos deputados estaduais José Aníbal (PSDB) e Rodrigo Garcia (DEM); dos deputados federais Edson Aparecido (PSDB) e Arnaldo Jardim (PPS) e, do Senador Aloysio Nunes (PSDB).