
JPT se reúne contra as condenações arbitrárias e ilegais
Evento ocorreu na sede do Diretório Municipal de São Paulo
Quinta-feira, 21 de novembro de 2013
Na noite desta terça-feira (19), na sede do Diretório Municipal do PT de São Paulo, a juventude do PT realizou uma reunião de emergência para discutir ações e o posicionamento da JPT de São Paulo em relação às prisões ilegais dos companheiros José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares.
“Foi armado o grande circo midiático e jurídico em torno das condenações, com a finalidade de destruir o PT. As elites não suportam nossas vitórias nas urnas e as transformações que estamos realizando nesse país”, afirmou Erik Bouzan, secretário municipal de Juventude do PT, logo após a reunião.
Dentre as discussões, os jovens petistas apontaram para a arbitrariedade das prisões, classificando como julgamento exceção todo o processo, por ferir vários princípios constitucionais. O sentimento das falas traduziu as diferenças da aplicação da lei para a população pobre e, principalmente, negra. “A violação aos direitos humanos não são exceção, mas sim, uma prática”, disse uma das jovens presentes. “Não existe Justiça para os quatro “P” – pobre, preto, puta e petista”, desabafou outro militante.
Foi consenso a compreensão de que a JPT deve se organizar e reagir aos ataques da imprensa e do Judiciário, articulando e disputando essa opinião nas direções municipal, estadual e nacional. “Também foi encaminha a proposta de dialogar com outros grupos de juventude, movimentos sociais e partidos”, explicou Bouzan.
Dentre as ações concretas, o grupo apontou para a realização de um Dia de Filiações da juventude ao PT, com bancas que disponibilizem espaços para filiação em toda a cidade; a realização de um Julgamento Popular do caso da Ação Penal 470, em conjunto com outras entidades e para demonstrar as arbitrariedades cometidas; mutirões locais de trabalho de base, com panfletagens, banquinhas, distribuição de santinhos, para mostrar que o julgamento foi de exceção e arbitrário.
“A Juventude do PT também deve se somar ao Ato dos juristas que será realizado na Faculdade de Direito da USP, proposto pela CUT, e manter sua atuação militante de desconstruir nas redes sociais os debates reacionários e agressivos ao PT e aos nossos companheiros”, complementou Rogério Cruz, secretário estadual da JPT-SP. “Nossa proposta é que ações como esta se multipliquem e ganhem o estado, numa verdadeira onda vermelha em defesa da Democracia e dos direitos civis”, concluiu o dirigente estadual da juventude petista.