O deputado estadual Marcos Martins (PT) presidiu na manhã dessa segunda-feira, 18, uma sessão solene no Plenário Juscelino Kubistchek da Assembleia Legislativa para homenagear o 50º aniversário do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco. A história de lutas e o compromisso social desses 50 anos do Sindicato foram lembrados e reconhecidos por todos os que discursaram no evento.

Diante do plenário repleto de metalúrgicos, o deputado Marcos Martins, autor da homenagem, justificou a convocação da sessão solene como um reconhecimento a trajetória de luta da entidade, especialmente pela democracia. “Se hoje temos uma Assembleia Legislativa ou uma Câmara dos Deputados é porque tivemos lutas como a deste Sindicato”, afirmou referindo-se a momentos como a Greve de 1968, primeiro movimento de trabalhadores contra a ditadura brasileira.

Outras autoridades e lideranças também acompanharam as lembranças históricas, mas também enfatizaram o papel decisivo da entidade em lutas como pelo fim do fator previdenciário, pela correção da tabela do Imposto de Renda, contra a terceirização, entre outras. “É um dos primeiros sindicatos a estar à frente das principais lutas”, resumiu o deputado federal (SDD-SP), Paulo Pereira da Silva. Avaliação compartilhada com o presidente da Força Sindical e da CNTM (Confederação Nacional dos Metalúrgicos), Miguel Torres. “É um Sindicato solidário, que está sempre pronto para a luta”.

O presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo, Claudio Magrão, lembrou que Osasco, junto com os metalúrgicos do Estado de São Paulo, que deram início a luta que, em 1988, culminou com a instituição da jornada de 44 horas semanais. “Lutamos pelas 40 horas desde que me conheço como metalúrgico. Isso mostra que a luta dos trabalhadores é eterna”, defendeu.
O vice-prefeito de Osasco, Valmir Prascidelli, classificou a homenagem como “mais do que justa”, dado o pioneirismo da entidade em ações pela saúde e segurança, na Associação Eremim, Espaço da Cidadania e outras.

Para o presidente do Sindicato, Jorge Nazareno, a sessão solene foi mais que uma comemoração. “A greve de 68 é uma página muito importante e vamos sempre mantê-la viva, mas é importante refletir sobre o que queremos daqui para frente. Essa homenagem é importante pelas discussões que vai gerar e todos devemos acompanhar de perto. Participem do seu sindicato, das discussões, indiquem os caminhos que devemos seguir. É assim que fazemos um sindicato forte”, afirmou.

Ao final da sessão, os participantes também conferiram a exposição fotográfica de 50 anos do Sindicato.