Mais Médicos: Começa avaliação dos profissionais em São Paulo

Estado receberá 216 médicos cubanos, de um total de três mil que chegaram ao país para participar da segunda etapa do programa; municípios do Vale do Ribeira receberão pelo menos um profissional

Por Agência Saúde
Segunda-feira, 18 de novembro de 2013


Começou nesta segunda-feira (18), em São Paulo (SP), o módulo de acolhimento e avaliação dos médicos cubanos que vão ocupar as vagas ociosas da segunda etapa do Programa Mais Médicos. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou da aula inaugural. Ao todo, três mil profissionais desembarcaram no país nas duas últimas semanas para participar do programa. Eles vão atuar em 1.745 municípios e 15 distritos indígenas. O estado de São Paulo receberá 216 profissionais.

“O programa tem permitido a fixação de médicos em locais que antes não conseguiam manter um profissional. Bairros de São Paulo que não tinham médico agora têm profissionais atendendo. São médicos que se dedicam e que vão visitar as pessoas nas áreas mais pobres, mais vulneráveis. Eles vêm suprir uma lacuna que nós tínhamos, a falta de médicos na atenção básica”, disse o ministro.

Os três mil médicos ficarão concentrados em cinco capitais durante o período de acolhimento e avaliação. São Paulo reúne um grupo de 300 profissionais; em Brasília são 1.872; em Belo Horizonte, 192; em Fortaleza são 236; e, em Vitória, 400. Com esse reforço, todos os municípios prioritários do país e aqueles sem atendimento médico terão pelo menos um profissional do programa. Em dezembro, com o início das atividades deste grupo, mais 10,3 milhões de pessoas passarão a ter assistência. Assim, a iniciativa chegará a 22,9 milhões de brasileiros.

Regiões carentes do país, como o Semiárido, áreas de comunidades quilombolas e cidades com Índice de Desenvolvimento Humano (IH-M) baixo ou muito baixo receberam nesta fase um grande número de médicos, 1.758. Também foram contemplados com pelo menos um profissional do programa, municípios do Vale do Jequitinhonha/Mucuri em Minas Gerais, Médio Alto Uruguai no Rio Grande do Sul, Vale do Ribeira em São Paulo e do Norte do país que não tinham médico.

Com esses três mil profissionais, o programa chegará ao fim de 2013 com mais de 6,6 mil médicos. Atualmente, são 3.663 médicos atuando em 1.099 municípios e 19 DSEI, atendendo a 12,6 milhões de brasileiros. São Paulo conta com 356 profissionais do programa em 48 municípios. Juntos, são responsáveis pelo atendimento a 1.224.750 pessoas. Com os novos médicos, este número subirá para 1.973.400 pessoas atendidas.

Para a alocação desses profissionais, o Ministério da Saúde seguiu critérios técnicos, dando prioridade às cidades em que é maior a parcela de pessoas dependente completamente do atendimento ofertado pelo SUS e àquelas com alto percentual da população em situação de pobreza, conforme classificação do IBGE.

Distribuição regional

A maior parte do novo grupo, 1.416 médicos, atenderá a população do Nordeste. O Sudeste contará com adicional de 566 profissionais e o Norte, 459. Em seguida vem o Sul (398) e o Centro-Oeste (114). Outros 47 médicos vão atuar em 15 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). O estado que vai receber a maior quantidade de profissionais será a Bahia, com 376 médicos, seguido por Minas Gerais (233), Ceará (223) e Maranhão (219).

Os médicos cubanos participam do Mais Médicos por meio de acordo de cooperação com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Somente as vagas não preenchidas por brasileiros e estrangeiros da seleção individual do programa são oferecidas a esse grupo.

O módulo de acolhimento e avaliação do programa tem duração de três semanas. Nas aulas, são apresentados conteúdos sobre saúde pública brasileira e Língua Portuguesa. Ao final, os médicos passam por uma avaliação, e os aprovados seguem para uma semana de acolhimento nos estados antes de começarem a atuar.

Sobre o programa

Lançado em 8 de julho pelo Governo Federal, o Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS, com objetivo de acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde e ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país.

Os profissionais do programa recebem bolsa de R$ 10 mil por mês e ajuda de custo pagos pelo Ministério da Saúde. Os municípios ficam responsáveis por garantir alimentação e moradia aos selecionados. Como definido desde o lançamento, os brasileiros têm prioridade no preenchimento dos postos apontados e as vagas remanescentes são oferecidas aos estrangeiros.




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