Mortos em furacão nas Filipinas chegam a 4.400, segundo ONU
Governo filipino diverge dos números das Nações Unidas; vítimas já começaram a ser enterradas em valas comuns
Sábado, 16 de novembro de 2013
As autoridades das Filipinas elevaram nesta sexta-feira (15/11) para 3.621 o número de mortos vítimas do tufão Haiyan, horas depois que a ONU calculou o número de mortos em pelo menos 4.400 pessoas na região central do arquipélago.
O chefe do Conselho Nacional de Gestão de Redução de Risco de Desastres, Eduardo Del Rosario, afirmou que os feridos chegam a 12.165 enquanto outros 1.140 se encontram desaparecidos, informou a imprensa local.
No dia em que se completa uma semana da chegada do "Haiyan" ao litoral das Filipinas, Del Rosario reconheceu os problemas logísticos que desaceleraram a apuração das vítimas mortas.
Haiyan, que já é o terceiro pior desastre natural da história das Filipinas, arrasou várias províncias das Filipinas com ventos sustentados de 225 km/h e sequências com máximas que passavam dos 300 km/h.
"O tufão Haiyan e o furacão Katrina (que em 2005 atingiu a costa leste dos Estados Unidos) tinham a mesma intensidade. Se os Estados Unidos demoraram para dar resposta ao desastre meteorológico, como um país em desenvolvimento não vai demorar?", questionou à Efe de Tacloban Daniel Burgui, voluntário da Ação Contra a Fome.
Haiyan, com ventos de até 325 km/h, foi o tufão mais forte registrado e o terceiro desastre mais mortal da história recente das Filipinas.
Luto
Segundo a imprensa local, vítimas do tufão Haiyan já começaram a ser enterradas em valas comuns em Tacloban.
Cerca de 100 corpos foram colocados ontem em sacos pretos e depositados em valas comuns, sem cerimônia nem orações fúnebres, na presença de Alfred Romualdez, prefeito da capital da ilha de Leyte, em Visayas Oriental.