Servidores da Saúde exigem que governador cumpra acordo feito em junho
Trabalhadores querem recomposição salarial, aumento no vale-refeição de R$ 8 para R$ 26,22 e transparência no uso de verba federal
Quinta-feira, 14 de novembro de 2013
Os servidores estaduais da Saúde realizaram na quarta-feira (13/11), uma manifestação em frente à Secretaria Estadual de Saúde, em São Paulo, para cobrar do governo a recomposição de perdas salariais, que incluem a regulamentação da jornada de trabalho em 30 horas, gratificações pagas com utilização do Fundo Estadual da Saúde (Fundes), reajuste no vale-refeição e revisão do prêmio de incentivo.
Presente na manifestação, o deputado estadual Marcos Martins (PT), lembrou que em junho passado, representantes do governo e do sindicato dos trabalhadores firmaram acordo para por fim a uma greve de 47 dias, que incluiu sete dias de ocupação na Assembleia Legislativa de São Paulo. “Naquela ocasião, apoiamos a greve e acompanhamos as mobilizações sindicais. Após muita pressão, a greve acabou no dia 17 de junho, mas o governo estadual ainda não cumpriu a sua parte no acordo que foi estabelecido para cessar a paralisação”, recordou o parlamentar.
A Secretaria havia se comprometido a apresentar um estudo com a média de salários do mercado para recompor as perdas, o que não foi cumprido. Em sua fala durante o ato, Marcos Martins também cobrou que a jornada de trabalho dos enfermeiros, de 30 horas semanais, aprovada recentemente, fosse estendida a outras autarquias.
Os servidores reivindicam 32,2% de reajuste para recompor perdas salariais dos últimos cinco anos. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde no Estado de São Paulo (Sindsep), de junho a novembro houve duas reuniões para discutir o tema.
Reivindicações
O vale-refeição dos servidores da saúde no estado é de R$ 8. Eles reivindicam que o benefício seja reajustado para R$ 26,22.
A regulamentação da jornada de 30 horas dos administrativos da saúde sem redução salarial, parte de um acordo do sindicato com o governo do estado de 1997, foi encaminhada. Porém, de acordo com a lei aprovada, a compensação de perdas salariais não foi cumprida.
A transparência no uso da verba Fundo Estadual da Saúde (Fundes), pago com transferências do governo federal e administrado diretamente pela Secretaria Estadual da Saúde, é outro item do acordo não cumprido.
Segundo informação veiculada em matéria do portal de notícias Rede Brasil Atual, há ameaça de retomada da greve e ocupação na Assembleia Legislativa caso os trabalhadores não tenham seus direitos respeitados.