A oposição síria, representada pela Coalização Nacional, aceitou nesta segunda-feira (11/11) participar das negociações de paz em Genebra com a participação do governo sírio, representado pelo presidente Bashar al-Assad. Em comunicado oficial, no entanto, o grupo exige condições para iniciar diálogo - que tem, como objetivo, encerrar o conflito civil no país pela via diplomática.

As principais exigências são libertação de presos políticos, presença de agências humanitárias em áreas sitiadas e, principalmente, novas diretrizes para transição política.
Esta é a primeira vez que o grupo, sem dissociações, acena com a possibilidade de participar das negociações de paz. De acordo com informações da rede Aljaazera, a Coalizão Nacional Síria já havia expressado vontade de comparecer às negociações de paz, mas esbarrava em disputas internas e no veto à presença de Assad.

De acordo com a Reuters, a expectativa é que o encontro em Genebra aconteça antes do fim de novembro. No entanto, a demora da Coalização Síria para tomar uma posição, além das diferenças entre Washington e Moscou sobre o conflito civil, devem atrasar a reunião.

Em caso de acordo de paz, tanto o governo e oposição terão resistência dentro país. Grupos armados já declaram que só aceitam negociar se Bashar al-Assad renunciar. Além disso, diz a Reuters, alguns grupos prometem classificar como “traidores” a quem aceitar negociar com o presidente.